Benjamin Teixeira
pelo espírito Eustáquio.
Caíste, mais uma vez, no mesmo equívoco em que já incorreste, n’outras ocasiões. Percebera a tentação e resolvera logo ceder a ela, já que te parecia irresistível, assim poupando sofrimentos que julgavas inúteis, qual seja os da contenção ao irrefreável.
Notas, agora, porém, um peso na consciência. Ou seja: esse tipo de erro em que incorreste não mais corresponde ao nível evolutivo em que estagias.
Há falhas que nos merecem humildade, no reconhecimento de constituírem resultado de limitações psíquicas estruturais que portamos, correspondentes ao patamar de progresso alcançado pelo nosso espírito. E há faltas decorrentes de negligência e relaxamento. Essas, impretextáveis, consomem a alma nas labaredas do remorso, até que ela se soerga do paul de displicência a que se confia e lance-se, resoluta, na senda de evolução que lhe cabe empreender.
Analisa, em ti, friamente, o que comporta a um e a outro tipo de faltas, e exime-te de entregar-te àquelas que consumir-te-ão a paz e a alegria íntimas, aprendendo a ser tolerante com relação àquel’outras cujo propósito é desenvolver-te a capacidade de renunciar às vaidades de ser qualquer coisa.
Não te preocupes, se houve confusão de categorias de erro. Apenas, não repete o deslize e segue, resoluto, na decisão de não mais incorreres no mal que te aflige, e o Senhor te dará nova oportunidade de serviço e crescimento íntimo.
(Texto recebido em 9 de setembro de 2002.)