Recebam, prezados amigos, do extraordinário médium mineiro, os mais excepcionais atestados de humildade e grandeza espiritual. No talvez mais tenebroso de todos os séculos da História humana na Terra, século de Hitler, de Stalin e de toda a barbaria perpetrada durante e após a Guerra Fria, surgiu este homem, em meio a toda a negação da espiritualidade e da fé, a tingir de Luz da esperança na imortalidade os horizontes enegrecidos de uma civilização desesperançada.
Sim, houve Gandhi e Madre Tereza, mas, a par de sua inconteste virtude, reconhecida internacionalmente, o que ofereceram estes ases do humanitarismo que fizesse frente à ciência dos pigmeus do espírito que propugnam pela inexistência de qualquer vida, além do sepulcro? Pois bem! Chico Xavier o fez! Com disciplina férrea e uma prodigiosa faculdade mediúnica, logrou estabelecer uma ponte psíquica entre o plano das sombras e o domínio da Luz, em meio à materialidade de uma sociedade enlouquecida nas questões da sobrevivência e às voltas com as paixões mesquinhas de governantes e elites desassisados e inconscientes, só desejosos de poder e locupletação. Sim, compreendo que tenha edificado esta ponte com o auxílio de seus amigos das Esferas Sublimes de Consciência, mas de que adiantaria havê-los – porque nunca faltou a qualquer comunidade humana a Luz Excelsa de Numes Tutelares –, sem a persistência, o valor moral e a fé de um coração nobre e bom que se dispusesse a ser utilizado, com total esquecimento de si, ao ponto do sacrifício quase absoluto, renunciando a todas as benesses e vantagens do mundo material, para abrilhantar e fazer renascer a chama do Espiritismo “kardecista” em terras brasileiras?
Assim, para os prezados amigos, segue esta recomendação afetuosa: buscar-se reproduzir, o quanto possível, este exemplo subido de virtudes cristãs, pela prática rigorosa da prece e da abdicação de todo benefício especial que se possa obter com a atividade de medianeiro entre as duas dimensões de vida, na convicção de que, no trabalho mediúnico, jaz das mais importantes responsabilidades que um ser humano pode receber, como desígnio do Plano Sublime. Que se procure, deste modo, antes de tudo – eis nossa sugestão –, atender a Vontade Divina, acima dos caprichos pessoais, compreendendo-se que a Divina Providência constitui sempre a genuína felicidade de toda criatura. Destarte, como se fala correntemente, em matéria de “inteligência emocional”, que se aprenda a fazer a renúncia a gratificações passageiras, em prol de ganhos verdadeiros, maiores, duradouros, eternos, com efeitos já para o presente, por propiciarem paz de consciência e sentimento de reto dever cumprido.
Sabemos das dores e dificuldades que os prezados companheiros precisam suportar, na ingente tarefa espiritista que desdobram, mas estejam igualmente convictos de que a Mão do Senhor os ampara, e que as compensações pela dedicação a tal elevado mister são bem maiores que os pobres, limitados e superficiais prazeres do mundo físico. Não que sejam estes, em si mesmos, condenáveis, mas que jamais estejam em destaque, para que, então, se priorize o espírito. A missão é grandiosa! Imaginem – em verdade, devemos dizer: tentem imaginar – o que seja levar, num mundo tomado de desesperança, vício e medo, a mensagem da Imortalidade, da Evolução-Reencarnação e de Deus! Milhões quedam-se presas de toda ordem de sina obsessiva, escravizados à hipnose do temor, do desânimo e do materialismo.
Grandes Autoridades Angélicas velam por seus destinos. Avante! Coragem! Fé! Vocês vão vencer! Unam-se, amem-se, orem, trabalhem e, mormente, perseverem, a que custo for, nesta magnificente seara de salvação e transformação do planeta.
Com vocês, despede-se o Irmão em Cristo,
Gustavo Henrique.
(Texto psicografado por Benjamin Teixeira, em 2 de fevereiro de 2007. Revisão de Delano Mothé.)