Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia (*).
Neste dia, reservado à comemoração dos oitenta anos de mediunato de Francisco Cândido Xavier, o meigo e santo Chico Xavier, cabem-nos algumas reflexões breves, sobre a lenda que se fez gente e o homem que se fez mito.
Mediunidade é serviço de prova da existência da vida após a morte, assim como de todos os princípios atinentes à realidade espiritual. Sua função é grandiosa, em essência e finalidade, e, por ela, vidas sem conta são salvas, se não literalmente, da boca sanguissedenta do suicídio, simbólica e não menos lesivamente, pelos processos de mediocrização moral que o ateísmo e o materialismo fomentam, em indivíduos e coletividades.
A santidade é um processo de escolha pessoal, que diz respeito a viver para o coletivo, com sacrifício de questões e interesses de ordem pessoal, o que o terno medianeiro de Pedro Leopoldo viveu de forma ingente e espetacular. Através de opções difíceis, escancarou os portais do paraíso, fazendo com que descessem, do Céu para a Terra, maravilhosos seres angelicais do Plano Sublime de Vida, que, sem seu martírio de mãe ignorada, não se teriam feito perceber e ouvir, tão claramente, o que, por sinal, nunca ocorreu tão magnífica e largamente, em toda a história do intercâmbio intermundos.
Chico foi humilde, doce e generoso, como poucas personalidades na história da Cristandade conseguiram ser e publicamente deixar exarado, exemplificação viva do poder do Evangelho de Jesus e Sua mensagem salvadora, referencial para espíritas e não-espíritas, crentes e descrentes; um fenômeno, não somente mediúnico, mas sobremaneira moral, a assinalar possibilidades extraordinárias do gênero humano, no sentido psíquico, quanto, sumamente, no aspecto espiritual.
Chico Xavier foi e é um modelo vivo do que pode e vai se tornar a humanidade de tempos futuros.
(Texto recebido em 8 de julho de 2007. Revisão de Delano Mothé.)
(*) A santa na eternidade fala sobre o conhecido santo que esteve entre nós, no transcurso do século XX.
(Nota do Médium)