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Este episódio ocorreu há aproximados dois meses. Alguns elementos da narrativa estão alterados, para proteger a privacidade dos envolvidos.

Acordei-me fora do corpo, em estranha festa, de caráter aparentemente familiar, na outra dimensão de existência. Uma amiga-irmã, por quem nutro especial estima, estava por lá. Alegria de certos convivas, estranhas vibrações de outros convidados.

A certa altura, uma senhora despojada de organismo físico, com maquiagem carregada e atitude autoritária mal-dissimulada atrás de um sorriso de cortesia, chamou-me a uma saleta que servia de passagem entre compartimentos maiores e a área externa da casa e, sem rodeios, interpelou-me, desdenhosa:

– Você é muito amigo de Fulana, não é?

– Sim, sou – respondi, lacônico e enfático, propositalmente.

A desagradável interlocutora esmaeceu o simulacro de sorriso, assumiu ar majestoso e lançou-me o repto-ameaça:

– Olhe bem… Eu vim aqui avisá-lo de que pare de protegê-la, quanto antes, ou terei que enfrentá-lo!… E você não tem ideia do meu poder e do que eu posso fazer contra você!

Intuí, de imediato, que seria impraticável qualquer tentativa de estabelecer um diálogo, no intuito de dissuadi-la de sua sanha odiosa contra minha irmã do Espírito. Sendo assim, levantei-me, ato contínuo, do assento em que me acomodara e invoquei as Autoridades Espirituais que represento.

Uma cena deplorável ocorreu, em seguida – que fui orientado a não minudenciar em público, a fim de não fomentar imagens infelizes nos corações mais sensíveis.

O fato é que, após desligar, com a interferência dos Mestres Espirituais, os fios mentais perturbadores entre a criatura (que escolhera o ódio) e minha amiga (que se devota ao bem), despertei no aparelho material de manifestação.

Dois dias passados desse evento, pedi permissão aos Orientadores do Mundo Maior para partilhar o que fosse possível da experiência extracorpórea com minha protégée, sendo instruído sobre quanto lhe poderia ser dito.

Ao contatá-la, disse-me ela, como seria de esperar, que havia passado mal, precisando inclusive se medicar contra pertinaz cefaleia, justamente na noite anterior à ocorrência do confronto fora da matéria densa, e que acordara melhor.

A Espiritualidade do Plano Sublime de Consciência, em Nome de Deus, assiste-nos sempre, por meio de agentes encarnados(as) – como é meu caso, a serviço do Alto, a despeito de todas as minhas limitações humanas – ou de modo direto, sem precisar da interferência ou colaboração de pessoas imersas no domínio físico de vida.

A condição para essa maravilhosa Proteção dos Anjos de Deus é estarmos a serviço do bem comum, não importando em que setor de ação, nem a extensão aparente dos benefícios que estendamos.

Benjamin Teixeira de Aguiar
3 de agosto de 2018