Crônicas de Gustavo Henrique


Benjamin Teixeira
pelo
Espírito Gustavo Henrique.

Nosso porta-voz pediu-nos socorro para uma de suas protegidas, e eis que, nesta ocasião, em vez de um dos enviados de nossa tão respeitável mestra Aspásia, Ela própria desceu à Crosta, para deliberar providências, em socorro à estimada colaboradora encarnada. A fim de dar suporte, “fechando” o ambiente a influências deletérias que pusessem a perder a empresa de nossa querida Felícia de Aquitânia, eu mesmo me encarreguei de dirigir uma equipe de “seguranças energéticos” que formaram barricadas psíquicas à intromissão de agentes das trevas, já que a barreira protetora na residência da prezada cooperadora encarnada jazia com várias infiltrações a forças nocivas do Astral, promovidas pela presença de um dos familiares que com ela residia, seu pai biológico.

Trinta minutos antes da meia-noite – o horário que a querida amiga reservava a esta ordem de confabulações espirituais conosco, em seu culto do Evangelho individual –, já me posicionava com quatro companheiros diligentes. Aos 15 minutos da madrugada do dia nascente, a condiscípula se postou, finalmente, ao Culto. Iniciada a prece, vimos um foco luminoso precipitar-se celeremente, e, em questão de segundos, uma gigante esfera luminosa se fez no quarto da beneficiária, a princípio sem permitir que se divisasse coisa alguma. À medida que reduzia sua luminescência, notou-se a silhueta espetacular de uma mulher-luz ao centro da bola de fogo espiritual, o vulto digníssimo de Cláudia Prócula, que, com visível esforço de concentração, retraía suas vibrações, para poder, de algum modo, entrar em sintonia com a psique da tutelada ergastulada em corpo físico. O término do processo de retração áurica ou “diminuição da frequência mental” coincidiu com a conclusão da prece inicial da jovem vivente no plano material. O figura luminosa de Aspásia, então, tocou-lhe a fronte, delicadamente, qual ninfa encantada, e passou a estabelecer uma espécie de entrelaçamento psíquico com a mente da moça, enquanto nos fazia um aceno elegante com a cabeça – a nós outros, que não caíamos de joelhos por respeito a Ela mesma, que jamais admitiria tal ordem de tratamento, em sua sinceríssima modéstia, legítima humildade. Em poucos segundos, ainda no meio da leitura em voz alta de página aberta ao acaso dos Evangelhos clássicos, eis que a pupila agraciada, envolvida nas vibrações dulcíssimas de amor e acolhimento daquela que foi Bernadette Soubirous, prorrompeu em choro sentido, qual se extraísse das próprias entranhas sentimentos presos de há muito. Ato contínuo, ouviu-se uma voz encantadora de mulher que ressoava, terna e comovente, na sala inteira, vinda do Espírito Eugênia, mas sem que Ela movesse os lábios:

– Minha filha, por que tanta dor?

A irmã encarnada, muito embora não fosse dotada de mediunidade a ponto de ouvir nitidamente a voz de Aspásia, percebeu-Lhe a presença e o conteúdo geral de Sua indagação amorosa, respondendo, entre soluços a entrecortarem a fala, em volume muito baixo, para que não vazasse além da porta de seu dormitório:

– Minha tão adorada Mãe(!), me perdoe! Não sou digna de Sua proteção! Por que fui chamada a trabalhar em Obra tão importante? Quem sou eu? Estou tão angustiada! Não deveria! Com tantas graças em minha vida! Sou uma ingrata e injusta com a Senhora!

O coração de Aspásia, neste momento, parecia ter um Sol oculto a cintilar com a força de mil estrelas, que chispavam raios luminosos na direção do coração da moça … os jorros de amor do Coração Santo da Enviada de Maria, que se compungia de profunda piedade pela filha do coração. Dois filetes de lágrimas rolavam pelas faces iridescentes da ninfa corporificada no pequeno compartimento, quando Ela disse:

– Minha amada filha, você se esqueceu de nossas lições? A felicidade não é só um direito: é um dever ser feliz! Mais que um dever, constitui um carma, um desafio difícil de ser faceado e vencido, quando se está mergulhado no plano da matéria, em sintonia com os Círculos da Luz, como você… Não deve desanimar… Deve, sim, empenhar-se em encontrar meios criativos de se felicitar…

Como se escutasse (sem ouvir) cada bloco de ideias da sábia de Mileto, a jovem retorquiu:

– Pois é isso, minha querida Mãe! Eis o problema! Parece que sou viciada em preocupação e depressão! Não consigo me libertar deste círculo vicioso!…

A voz aveludada de dama do Céu ressoou novamente no cubículo iluminado pela “luz do dia”… o Coração de Maria… irradiado, na presença de sua grande Emissária:

– Comece com pequenas iniciativas, milha querida. Vamos, pegue o telefone. Atenda ao convite que Benjamin lhe fez de ir ao cinema. Vai-lhe fazer bem. A fita que será exibida animá-la-á. Conheço o conteúdo da obra. Voltará a casa bem melhor, quando, amanhã à noite, houver assistido ao filme e tornar a este Culto, neste mesmo horário.

A conversa prolongou-se por mais alguns minutos, adentrando assuntos íntimos da amiga em ideal, que não cabem aqui ser minudenciados, e, após um quarto de hora concluso de visita, Aspásia fez novo aceno polido a todos e verbalizou, para mim (sem mover os lábios ainda), mais uma vez esguichando luz pelo chacra cardíaco, tocando-nos e comovendo-nos a todos:

– Padre Gustavo!

– Saudações, minha Mestra, minha Mãe! – respondi, tentando impedir, sem êxito, que minha voz não saísse embargada da garganta de meu psicossoma.

E, tornando a explodir Luz e desaparecendo dentro d’Ela, a Esfera Luminosa subiu qual um foguete misterioso… no rumo dos Páramos Celestiais…

Oh, Aspásia bendita! Oh, Bernadette abençoada! rogai por todos nós ante Maria, a Mãe da Terra inteira, para que seja feita a Sua Vontade… nossa verdadeira Felicidade…

(Texto recebido em 31 de janeiro de 2010.)


Ajude a santa e sábia mestra espiritual Eugênia a disseminar Suas ideias de sabedoria e amor; e, com isso, tornar o nosso mundo mais feliz e pacífico. Basta que encaminhe este arquivo a sua rede de e-mails. Para tanto, utilize a ferramenta abaixo, com os dizeres: “Envie esta mensagem para seus amigos”.