Boletim da Visita de MARIA Cristo 2019¹ – 5
Neste período de aproximação gradual da Mãe Maior da humanidade terrena, até Sua breve Visita à superfície de nosso planeta, a nobre Orientadora Espiritual Eugênia-Aspásia avisou-me que estava programada uma entrevista mediúnica com ilustre figura do Mundo Espiritual, que comporá o séquito da Mãe Celeste, em Sua Chegada à crosta da Terra.
Encontrei minha interlocutora, em mimoso caramanchão, vestida com simplicidade e leveza, à moda francesa dos anos 1850 (ela estava reencarnada à época, em Paris), sem, todavia, a armação metálica que fazia o efeito da saia-balão.
A distintíssima figura de mãe de coletividades recebeu-me com seu característico sorriso largo e acenou delicadamente para que me sentasse diante dela.
Após cumprimentos ligeiros, embevecido com a presença tão doce e amada, cônscio da exiguidade do tempo que teria com ela, perguntei, sem rodeios:
Benjamin Teixeira de Aguiar – Irmã Cândida, você foi médium muito prolífera e conhecida, no século passado. Desculpe antecipar o tema, mas intuo que seja sobre isso que a senhora deseje falar. Estou certo?
Irmã Cândida – Sim. Entristece-me o uso inconsequente do meu nome.
BTA – O que posso fazer pela senhora?
IC – Reiterar a antiga lição, para lidadores(as) do intercâmbio entre dimensões de consciência, de que a autoria dos Espíritos, nas mensagens mediúnicas, não é importante, e sim o conteúdo delas. Quando comecei a publicar as psicografias de nosso venerável Guia Espiritual, ele não era conhecido, no plano físico de existência, sobremaneira pelo nome ostentado na subscrição dos escritos que eu recebia pela mediunidade psicográfica. O que o celebrizou foi a relevância evidente de suas ideias, a elevação de sua alma, alcandorada nos testemunhos heroicos e no devotamento à Causa Cristã, século sobre século.
BTA – É lamentável. Essa questão da autoria espiritual é bem conhecida… Mas há uma teimosia nesse particular…
IC – Sabia que isso aconteceria em torno de minha pessoa. Assim, tomei algumas providências, antes de meu último desenlace carnal, que não foram, entretanto, observadas. Estou aqui, dessarte (embora saibamos que seres levianos não nos ouviriam de qualquer forma), para registrar minha súplica aos corações de boa vontade, uma exortação ao exame sensato quanto à qualidade moral de supostos comunicados mediúnicos propostos por irmãos(ãs) encarnados(as), sequiosos(as) de popularidade, ainda não adestrados(as) para o trato com suas próprias mazelas interiores.
Alguns(umas) chegam ao disparate de fazerem pseudorrevelações sobre minha desimportante personalidade, adentrando, desvestidos de pudor, assuntos de minha intimidade sobre os quais jamais tangenciei em público, quando encarnada. Seria de se concluir, portanto, que muito menos faria isso agora.
BTA – E há audiência sempre pronta para esses espetáculos de fraude, consciente ou não…
IC – Sim, o velho vício humano por novidades e emoções diferentes, casado ao desejo de desfrutar atenção e destaque por parte da Espiritualidade Superior, mais comum – trágica ironia – em quem não está agindo de modo a justificar essa “preferência” de que se sente credor(a).
BTA – Mais algo a senhora gostaria de dizer sobre a temática?
IC – Não sobre o tópico específico. Agradeço a oportunidade da breve palestra. Lembre apenas a nossos(as) amigos(as) encarnados(as) que devemos palmilhar a estrada, proposta por Nosso Mestre e Senhor Jesus, de dignificação de nossos espíritos eternos, por meio da prática da caridade cristã, em todas as circunstâncias da vida, a começar das comezinhas situações do dia a dia, no seio doméstico. A ânsia por relevo social e prestígio, mormente no campo da Espiritualidade, pode corromper os melhores caracteres, degenerando as mais belas florações de ideal.
Deixemos o mister das missões mais difíceis, ante a multidão, para os(as) que foram preparados(as) para tanto, porque esses(as) compreendem, com clareza, que o realce público, na seara da condução de consciências a Deus, constitui pesada cruz a lhes macerar os ombros d’alma, empenhados(as) que estão em manter o foco no sentido do dever a cumprir, atendendo aos Desígnios Divinos a seu e a respeito dos(as) que lhes sofrem a benfazeja influência.
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
em diálogo com Irmã Cândida (Espírito)
12 de julho de 2019
1. Iate Clube de Aracaju, 4 de agosto, 19h, entrada franca (donativos proibidos). Transmissão ao vivo por nosso canal YouTube.
“Eu vou!” – Evento da Visita de MARIA Cristo 2019