A fé, em suas expressões genuínas – que aqui designaremos como fé lúcida –, constitui uma janela de percepção para um panorama mais amplo e profundo da realidade, tanto no âmbito intrapsíquico quanto no contexto das mais complexas elucubrações da cosmogonia e da teleologia.
É, por assim dizer, uma forma refinada de inteligência, que transcende os esquemas estreitos do raciocínio lógico-matemático e muito mais distante ainda está de se equiparar a crendices e superstições atávicas e opressivas do dogmatismo religioso convencional.
A convicção e a vivência espirituais de qualidade conduzem o indivíduo à plenipotência de suas funções cognitivas e de seu processo de autorrealização, além de inexoravelmente desdobrarem-se em movimentos de compromisso solidário com pessoas, organizações e causas humanitárias.
Esse gênero excepcional de poder psicoespiritual pode ser compreendido como uma “inteligência superior”, sem que haja qualquer laivo de exagero poético ou filosófico, porquanto a própria história humana revela que esse potencial intelecto-moral era particularmente óbvio nos luminares fundadores de civilizações na Terra, a exemplo de Moisés, Buda, Maomé e, é claro, o Cristo Jesus.
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Bethel (CT), região metropolitana de Nova York, EUA
15 de abril de 2020
