Quando tratamos de sentimentos humanos e suas inextricáveis complexidades, no âmbito dos delicados mecanismos dos relacionamentos interpessoais, é preferível verbalizarmos uma pergunta gentil, ainda que dispensável, sendo amáveis e corteses, a deixarmos de fazer uma indagação essencial, incorrendo numa negligência que pode magoar e criar conflitos evitáveis.
No campo intelectual, o princípio é válido e toma contornos curiosos. A maior parte das pessoas teme formular perguntas que possam fazê-las passar por tolas – vício gerado pelas engrenagens egoicas do medo e da soberba. Via de regra, são os indivíduos psicologicamente mais maduros, cultos e inteligentes que não receiam apresentar uma dúvida ou exibir uma face de sua ignorância, para terceiros ou até para si próprios.
Não à toa, grandes avanços na ciência e na tecnologia, nos costumes e mesmo nos paradigmas de pensar e agir mais eficientes surgiram graças a mentes geniais que tiveram a disposição e a coragem de perquirirem a respeito de questões consideradas elementares demais para que sequer fossem percebidas como questões.
A lendária perplexidade de Newton com a maçã que caía sobre sua cabeça, levando-o à descoberta da lei física da gravidade, constitui excelente exemplo da matriz conceitual que aqui enunciamos, não importando quanto tenha sido verídico o episódio com o celebérrimo gênio gay da física, aclamado por Albert Einstein como muito superior a ele próprio, no que concerne às contribuições para o adiantamento do conhecimento humano, dada a época recuada em que viveu sua histórica reencarnação.
Temístocles e Eugênia-Aspásia (Espíritos)
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Bethel, CT, região metropolitana de Nova York, EUA
2 de junho de 2020