Houve um príncipe egípcio que desdobrou jornada mitológica e mística equivalente à do iluminado príncipe Sidarta. Moisés foi criado na corte de um faraó e renunciou ao fausto e ao prestígio de sua posição de poder, para conduzir um povo escravizado à metafórica “terra prometida” de Israel.
Ambos, tanto Moisés como Sidarta, encaminharam multidões à busca pela legítima iluminação, canalizando ensinamentos da Esfera Crística de consciência, com que podiam entrar em sintonia. E se converteram em pedras fundamentais de culturas milenares que surgiram a partir de sua presença e influência extraordinárias.
Em Jesus, entretanto, devemos estabelecer um eixo transcendente de Espiritualidade, porque Ele era um Ser Crístico em plenitude, de modo que podia permanecer em contínua comunhão com o Plano Sublime e não apenas contatá-l’O esporadicamente, qual ocorria com Moisés e Sidarta.
O judaísmo e o budismo, que se desenvolveram empós as encarnações luminares desses dois príncipes, constituíram pilares de significativa importância para a educação do ser humano na Terra, à maneira do que fizeram, não no campo da religião, mas utilizando a ferramenta da filosofia, os geniais mestres Sócrates e Confúcio, alicerces firmes do pensar digno do Ocidente e do Oriente, respectivamente.
Todavia, somente em Jesus reconhecemos o vértice superior de uma simbólica pirâmide sagrada de cinco pontas – não por acaso, o Senhor desceu ao domínio físico de existência apenas depois de os outros quatro haverem firmado suas contribuições subidas à humanidade terrícola.
Que todos(as) ouçam, apliquem, reverberem as Palavras de Vida Eterna do Cristo Verbo da Verdade, que nasceu, em alegórica indicação do Céu, entre os dois “extremos geográficos” do globo – o Oriente Médio –, para sintetizar, unir e favorecer a salvação e a transcendência desta comunidade planetária, ainda pejada de egoísmo selvático e maldade diabólica.
Nas lições intemporais legadas por Jesus, dessarte, encontra-se a única (segundo a visão cristã geral) ou – definitivamente – a mais segura, bem-acabada e universal porta de saída do labirinto evolutivo pelo qual enveredou esta civilização terrena, não importando quantos termos sucedâneos se criem para designar a sua principiologia assentada na fraternidade universal, no combate a preconceitos e hipocrisias abomináveis, no espírito de labuta infatigável pela vitória do bem, a benefício de todas as criaturas, e não só de algumas privilegiadas de qualquer natureza…
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Bethel, CT, região metropolitana de Nova York, EUA
3 de setembro de 2020
Nota do médium:
Na condição de intérprete mediúnico da Mensagem oriunda de Maria Cristo, recebida pelas “mãos” de Eugênia-Aspásia, preciso registrar, por um imperativo de consciência, que houve um misto de distinção e pudor – modéstia seria muito humano – da parte das duas Signatárias Celestes: Uma em Patamar Crístico de consciência e a outra em nível pré-crístico de evolução.
Explico-me: Elas destacaram cinco respeitabilíssimos Vultos históricos da humanidade na Terra, apresentando-Os como vértices de nossa civilização, e todos Eles envergaram corpos masculinos em sua passagem pelo mundo material.
Assim, em considerando que Eugênia foi mestra de Sócrates, em sua encarnação como Aspásia de Mileto (conforme ele mesmo o asseverou¹), e que Maria é a Mãe Crística a quem Jesus confiou a comunidade humana da época e de toda a posteridade, em Sua famigerada sentença dirigida, do alto da cruz, a João evangelista: “Filho, eis aí tua Mãe”², não poderia me evadir ao dever de explicitar que as duas Figuras compõem perfeitamente esse seleto grupo de Seres Excelsos, conformando com Eles, como Sublimes Representantes da Feminilidade Divina, um heptaedro que lastreou e até hoje norteia os destinos de nossa família terrestre.
Benjamin Teixeira de Aguiar
Bethel, CT, região metropolitana de Nova York, EUA
1. Em “Menexeno”, de Platão.
2. João, 19:26.