Benjamin Teixeira pelo espírito Eugênia.
Existem forças destrutivas, pelejando por afastá-lo de seu ideal. Desanimam-no, confundem-no, desnorteiam-no, fazem-no inverter a ordem das prioridades, induzem-no a preocupações com questões de somenos importância. Em suma: desviam sua mente dos assuntos essenciais que lhe concernem como missão, na atual encarnação física.
Sentindo-se assediar por essas forças sinistras, pense em tudo que já o confundiu no passado, em como parecia real à época, mas que depois não se mostrou verdadeiro. Por algo ser verossímil, num primeiro exame, sob efeito das emoções e impressões do momento, não segue que seja verdadeiro. Pare, medite, acautele-se em suas conclusões. Acalme-se e procure se reconectar com o essencial. Fazendo isso, todas as questiúnculas tornadas dragões terríveis, qual o drama de Dom Quixote de La Mancha e seu moinho de vento, interpretado como um monstro medonho, tornarão às suas proporções legítimas, sem mais as distorções perecptivas que a ótica sob efeito de ilusão gera.
A grande questão, para você, portanto, é saber o que é o essencial e estabelecer nele o seu foco. Com esse referencial, tudo assume suas devidas dimensões em sua existência, sem perigos de grandes equívocos. E que fazer para saber o que é o essencial? O que o deixa mais tranqüilo, em paz, com a sensação de dever cumprido, sem angústias e sem paixões, com a sensação de estar no caminho da verdade e da serenidade, do amor e do bem. Esse é o essencial para você. Sem repressões, sem castrações, mas, apesar do reconhecimento de suas limitações, o campo do seu melhor, do bem maior que pode fazer para si e para os outros.
(Texto recebido em 3 de janeiro de 2001.)