Benjamin Teixeira
pelo espírito Eustáquio.
Se perplexidades te surpreendem, no caminho da fé, modera teu passo e reflete, calmamente, em tudo que acontece. Não pretendas obter respostas imediatas e completas, para o que talvez te exija mais tempo de processamento de dados, de amadurecimento de percepções e de poder de avaliação, a fim de que possas, assim, ajuizar, corretamente, quanto ao que ocorre contigo.
Confia em Deus. Se ponderas o bastante, sempre concluirás que Ele está certo, nos posicionamentos inamovíveis do destino. E, então, encontrarás:
No companheiro insensato, um convite ao desenvolvimento da própria sabedoria.
Na impertinência do colega de trabalho, uma sugestão enfática ao exercício da tolerância e da paciência.
No cônjuge ausente, uma oportunidade de se dedicar a outras tarefas, como talvez apenas solteiro teria condições de realizar.
Na falta de dinheiro, um estímulo a desdobrar os valores fundamentais da família, do afeto, da espiritualidade.
Em todas as crises, um ensejo ao crescimento e à paz.
Sim, tua dor pode ser gigante. Entretanto, pensa em outras dores que poderias ter, em lugar das que padeces, e talvez concluas por preferir as que tens a outras que terias, em lugar destas.
Tudo tem um preço na vida. Vê se o custo de dor que ora pagas não condiz adequadamente com a medida de benefícios que obtém do estilo e condições de vida que desfrutas.
Não estás, ainda, num mundo de felicidade e bem-aventurança perfeitas. Cuida que não desejes demais, justamente o que te comprometeria no fundamental, para te propiciar o supérfluo, em função das metas precípuas que te assinalam a passagem pela Terra.
E compreende que, fazendo tua parte, cumprindo teus deveres retamente, e mobilizando o possível no sentido de realizares teus projetos de vida, se algo não corre como planejado, talvez a Mão de Deus te esteja protegendo do que não convém, conduzindo-te, sub-repticiamente, por meio da reversão misteriosa das provações, à senda de tua ventura e plenitude.
Mais uma vez, repito: confia em Deus – Ele é Infinito Amor.
(Texto recebido em 4 de junho de 2005.)