Benjamin de Aguiar
pelo Espírito Eugênia
Há muitos motivos para você ser feliz, mas o principal é simplesmente estar vivo. Cuidado para que a correria do cotidiano não lhe sufoque a capacidade de usufruir cada instante da existência. Não aguarde ser um velho ranzinza para perceber que jogou a vida fora e que é tarde demais para recuperar o que não tem retorno…
Aliás, mesmo que perca apenas um ano!… Que preço tem um ano de vida? Que preço tem um dia atrás do outro que não se vive com felicidade? Felicidade não é um estado excepcional de ser e sentir: é o natural. Sofrer, estar angustiado ou vazio, sistematicamente, é sinal de grave doença emocional e espiritual. Não se entregue a essa patologia da era atual. No futuro, os seres humanos se compadecerão terrivelmente dos habitantes de hoje do mundo terreno, por não conseguirem o básico dos básicos: viver, em paz e feliz.
Por isso, quebre esse ciclo vicioso, agora mesmo. Reserve momentos para si, tome banhos demorados e reconfortantes, ouça música agradável, relaxe em conversa fraterna com ente querido, descanse na companhia de amigos à hora das refeições principais (ou ao menos uma delas) e, sobremaneira: destaque um tempo para orar e/ou meditar.
Você não vai salvar a Humanidade estressando-se mais, deixando de conviver com seus familiares (consanguíneos ou espirituais), esquecendo-se de viver, de estar em paz, de respirar. Trabalhar mais não é ser mais responsável ou mais eficiente. Muito pelo contrário: o instante de repouso potencializa o rendimento no período de trabalho, e o tempo reservado aos relacionamentos interpessoais, sobretudo o dedicado aos entes queridos com quem se escolheu conviver, é sagrado – retraí-lo, além da medida que a consciência autorize, com o fim de canalizá-lo para a mera e obsidente conquista material, constitui atitude criminosa.
Outrossim, cuidado também para não viver constantemente “viajando” no tempo, desligado da única realidade plena que lhe é tangível: o presente. Uma grande parte das pessoas, na cultura dominante no globo, quase nunca consegue estar efetivamente no agora. Ou se concentram em contínuos planejamentos do futuro, ou se consomem em modorrentas ou obsessivas rememorações do passado. Planejar o amanhã é importante, tanto quanto aprender com as lições do passado. Mas viver em transe ininterrupto, desconectado do momento atual, consiste em uma branda psicose que enceguece a lucidez do indivíduo, fazendo-o passar pela vida qual um autômato, sem vivê-la, de fato.
Você certamente concordou com minhas ideias e deve estar dizendo consigo mesmo: “Pois é! Era justamente isso que eu gostaria de fazer e não consigo.” Afora o hábito, porém, amigo, que pode ser desprogramado e substituído por outro, há também a questão de precisar ser mudado o quadro principiológico que subjaz ao seu comportamento, uma filosofia de vida que, consciente ou inconscientemente, dirige sua existência, seu modo de ser, de pensar, de sentir, de agir. E é para esse quadro oculto de valores que digo:
1) Despreocupe-se com resultados. Não pense só no produto de seu trabalho. Desfrute o processo de realizar. Quem só pensa nos efeitos de sua labuta, terminando uma atividade para imediatamente engajar-se em outra, nunca realmente sente o prazer de produzir, que não está no fim, e sim durante todo o processo. Assim, jamais se poderá estar em fluxo, como se diz, tecnicamente, para representar o desempenho em nível de excelência – ou seja: paradoxalmente, aquele que não flui com o momento presente, despreocupando-se com a produção, produz menos e com menor qualidade.
2) Liberte-se da preocupação com as aparências. Quem está muito concentrado na opinião alheia, cioso em atender a modelos de expectativa que lhe foram impostos ou autoimpostos, vive para os outros e não para si mesmo. É escravo das convenções e não senhor de si, de suas escolhas, de seu destino… Não é livre, nem pensa por si.
3) Pense que nada vale a pena se não puder ser feliz, agora. Amanhã é uma abstração. Hoje é a realidade. O amanhã, inclusive, será um hoje também, que, por sinal, só será bem vivido se você já houver aprendido a degustar plenamente os momentos de agora.
Com essas sugestões simples, espero que você concorde com a minha visão de que muita correria só serve para assemelhá-lo a uma máquina e antecipar sua morte física, de modo que acabará deixando tudo para trás e chegará vazio ao Outro Lado da Vida, sem ter vivido o que passou, sem ter direito de viver o que viria…
Pense bem… agora! Não espere os anos, a velhice, as desgraças, as tragédias, as doenças e a morte biológica virem alertá-lo quanto ao óbvio, quando já não houver mais tempo, na atual vida física, para corrigir o desastre.
O pensamento deve existir para a administração da vida, mas não substitui a própria vida. Gerencie com critério sua existência; não se esqueça, todavia, de que ela, em si, é o valor precípuo e essencialmente único que você detém. Viva hoje. A vida não é para ser pensada: a vida é para ser vivida.
(Texto recebido em 04 de janeiro de 2000. A data de psicografia deste artigo não está equivocada. Apesar de antigo, porém, o material é inédito.)
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