Acostumadas a serem mal-tratadas, no correr de reencarnações sucessivas, século sobre século, as pessoas, na Terra, condicionaram-se a temer o pior, quando algo de bom lhes acontece na vida.
Toda vez, prezado amigo, que se vir assolado pelo medo de ser feliz, quando um temor irracional de que o pior aconteça lhe sobrevier à mente, estanque o ciclo vicioso do terror e verifique, friamente, as probabilidades concretas de o que teme de fato ocorrer, e notará que, ainda quando haja alguma possibilidade real de acontecer, você estará mesmo assim delirando, na reação desproporcional aos riscos reais, na fuga ao passado ominoso de condicionamentos infelizes.
Claro que o medo pode alertar o escape à linha do bem. Sendo assim, após corrigir-se a rota, e determinar-se por se ressarcir pelos equívocos cometidos, também aí perde sua razão de ser, mesmo que conseqüências nefastas estejam por ocorrer, porque a calma facilitará a postura digna e eficaz nessas circunstâncias. Quase sempre, porém, mesmo nesses casos, o pior não é o que se imagina e a fantasia cria quadros dantescos quando, em verdade, nada ou quase nada está para vir à tona.
Quebre, de uma vez por todas, essa triste programação psicológica. Você não tem só o direito de ser feliz: tem o dever. Felicidade é resultado de saúde psicológica e de reto cumprimento dos deveres da consciência. Portanto, afligir-se continuamente é indício de se estar desalinhado com o eixo de equilíbrio e paz que a sintonia com a Divina Vontade favorece.
Hoje é o seu dia de ser feliz. Não amanhã: agora mesmo. Não se adia saúde, paz e bem-estar. Seria irresponsabilidade e negligência com o fundamental. E, sendo assim, da próxima vez que o medo lhe surgir, com sua face medonha de dragão, sorria-lhe tranquilo(a), certo(a) de que, assim como as nuvens passam, também os temores se dissipam, com serenidade e o trabalho disciplinado no campo do bem.
Eugênia.
(Texto recebido pelo médium Benjamin Teixeira, em 30 de maio de 2001.)