Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia.
Biólogos evolucionistas, da prestigiosa universidade de Harvard, criaram um curioso conceito: “tendência imanente à transcendência”, para tratar do fenômeno até agora inexplicável da autopoiese – vocábulo cunhado por cientistas chilenos que alude ao mecanismo autocriador detectado entre os seres vivos.
Entre os entomologistas norte-americanos da supracitada universidade ianque, um princípio ainda mais aparentemente bizarro foi imputado a espécies tão primitivas como as dos insetos, a partir do estudo dos denominados “insetos sociais” em seus respectivos conglomerados comunitários, como formigueiros, colméias e cupinzeiros. Esse princípio, pasmem-se os doutores do materialismo niilista, foi caracterizado como “altruísmo”. Indivíduos, nesses aglomerados primais, sacrificam-se totalmente pelo bem-estar do grupo e, principalmente, de seu líder. Formigas, cupins e abelhas operários, por exemplo, dão sua vida em função de alimentar e atender às ordens da sua “rainha”, na verdade assim chamada por ser a única fêmea de todo o grupo sexualmente madura, com capacidade para gerar ovos aos milhões, no correr de anos que, para as abelhas, chegam a cinco e, no caso do cupim-mãe, a longos vinte anos(!). Reza, a mais dura lei da sobrevivência e da seleção natural do mais forte, que os seres vivem numa luta selvática, ansiando por vencer na disputa pela transmissão de seu código genético para as gerações seguintes. Mas o que dizer desses “eunucos” minúsculos – não propriamente castrados, mas nascidos estéreis – que vivem para auxiliar a reprodução de outro ser?
Toda a natureza está repleta de exemplos de amor, de busca da superação do si, para além fronteiras do eu diminuto. Desde a loba que exercita seus primeiros rudimentos de carinho e afeição, lambendo os filhotes; até as baleias e golfinhos, que confabulam longamente com seus pares, nos primeiros ensaios da intelecção e das interações mentais mais intrincadas; ou, ainda, os primatas superiores, nas manifestações visíveis de emoções e comportamentos semi-humanos, notamos uma escala crescente de complexificação na organização psíquica dos seres vivos, até os albores magníficos da razão humana, rumo aos esplendores seráficos da lucidez angélica.
Nada na Criação Divina pára. Tudo se mobiliza em direção ao melhor. As águas do charco, estagnadas, apodrecem. A China avançada da Antigüidade, isolada, cristaliza-se no tempo, tornando-se retrógrada e primitiva. Os gênios presunçosos que se envaidecem do pouco que sabem, que se fecham a aprender mais e seguir em seu processo de crescimento íntimo, e que caem em malogro e ridículo históricos… A gigante IBM que ri da minúscula Microsoft – numa versão moderna de Davi e Golias –, e que é por ela desbancada da liderança mundial em software… O líder espiritual que se fossiliza em idéias úteis e mesmo revolucionárias há quatro décadas, e que, inflexível, faz-se expoente do reacionarismo religioso nos dias que correm, prejudicando a marcha da espiritualização coletiva e espantando, com suas atitudes anacrônicas, almas necessitadas de esclarecimento e libertação dos círculos que as salvariam… Tudo que pára morre, e pela pior forma de morte: a morte moral, a morte da alma, a morte do propósito, a perda do impulso criativo, transformador e dinâmico da vida, trate-se de civilizações, pessoas ou instituições.
Cuidado para que não seja você ou não venha a se tornar um representante dos vetores da retaguarda. Seja prudente, seja lúcido e responsável, mas precate-se para não se fazer um vexilário de vozes do passado, quando tudo aponta para o futuro. Para tanto, leia, estude, informe-se, contínua, infatigavelmente; seja crítico e, sobretudo, autocrítico, buscando uma constante clarificação íntima, por meio da expansão do autoconhecimento.
Não importa, outrossim, o estágio evolutivo em que se encontre. Aqueles que despertaram para as questões espirituais costumam fazer comparações entre si, quanto ao grau de adiantamento que cada um apresenta, no grande trajeto evolutivo rumo à eternidade, considerando essencialmente inferiores os que jornadeiam atrás, e superiores os que lhe vão à frente. Estar mais adiante numa caminhada não torna ninguém melhor que outrem. Ter 60 anos não faz um homem mais humano que um de 30 ou que uma criança de 5. A grande questão está em como a pessoa se porta, relativamente ao seu patamar de consciência, e, sobremaneira, se ela aproveita melhor o tempo e as oportunidades, no sentido de atender a todos os seus reclamos interiores de autotranscendência. Sempre que o indivíduo se supera – respeitadas as devidas medidas de suas possibilidades, para não promover perigosa queima de etapas, que pode “queimar” a alma a reboque –, uma alegria intraduzível lhe surge do íntimo, de sorte que a maior fonte de felicidade para o espírito vem mais do quanto ele evolui do que, propriamente, do nível de evolução já alcançado. É a resistência ao processo automático de evolução – inerente a todas as criaturas e inexorável no cosmo inteiro – que conduz os seres a toda forma de dor, sobremaneira quando se já chegou ao estado de consciência autoconsciente, a partir da espécie humana.
Facilite o inevitável, prezado amigo, cara amiga. Há uma fatalidade cósmica fabulosa: você terá que evoluir, indefinidamente, rumo a expressões cada vez mais altas e puras de felicidade. Ou você aceita essa sina divina, ou a dor da negação lhe advirá, cobrando-lhe altos tributos de sofrimento, até que você desperte para a verdade inescapável de que será feliz e cada vez mais e mais feliz.
Mudança sim, e sempre, e cada vez mais, mas para melhor, sempre para melhor, ainda que, aqui ou ali, em primeiro exame, não pareça.
(Texto recebido em 7 de outubro de 2000. Revisão de Delano Mothé.)
UMA CASCATA DE FENÔMENOS PRODIGIOSOS.
Bruxas belas, anjos na Terra, feitiçaria, zoantropia, clarividênvia viajora, ideoplastia, maldições, satélites obsessivos do ego, perigos a que estão expostos os que pertencem à Luz, socorros do Céu durante o sono, volitação, domínio sobre o próprio destino, transmutação de tristeza em felicidade. Por fim, a promessa, mais uma vez, do Espírito Eugênia: de fazer uma manifestação pública por incorporação, através do médium Benjamin Teixeira, na reunião pública do Salto Quântico deste domingo, 21 de dezembro. Às 19h30, no “Mega Espaço”, Rua Nossa Senhora das Dores, 588. Ministração de passes, a partir de 18h50. Atendimento fraterno (para você desabafar ou se aconselhar com alguém preparado), após a preleção. Evento angariando recursos para a exibição do programa Salto Quântico, em rede nacional de televisão – CNT, 15h30 de sábados (horário de Brasília); 9h de sábados (horário de Aracaju), apenas em Sergipe, Aperipê TV –, divulgando a salvadora mensagem da imortalidade da alma e da cobertura e inspiração da Espiritualidade Superior aos que fazem por merecer. A primeira visita tem sempre cortesia garantida. Informações adicionais pelo telefone 3041-4405.
Equipe Salto Quântico.