Benjamin Teixeira de Aguiar,
pelo Espírito Eugênia.
Descorado de tristeza, desiludido, cansado. Não sabe nem mais como enumerar a extensão de seus desgostos, quando trata de pensar no ideal que o inflama.
Para que não fique na mera e improfícua lamentação, considere alguns pontos essenciais, capitais para que se atinja o bom êxito:
1. Persistência, tão só, não é o bastante. Urge também ter-se competência. Quando o produto tem baixa qualidade, não adianta apelar-se para o expediente de um jogo extraordinário de marketing, porque ele entra bem no mercado, mas sai no dia seguinte, queimando-se e queimando seus idealizadores, sem cativar clientela; antes, repelindo-a.
2. Ainda considerando a qualidade do que se faz, importa não ignorar os detalhes, sob pretexto de se concentrar no valor do conjunto. Sim, o essencial é a estrutura geral. Todavia, assim como um dique pode vir abaixo, por causa de frincha diminuta em suas paredes, que faz ruir todo o paredão mastodôntico, um ousado projeto de realização também pode ser completamente destruído por detalhe insignificante, mas que constitui um detonador em cadeia das ligas de sua estrutura ciclópica.
3. Encare o insucesso como fase inevitável, necessária ao crescimento e mesmo desejável, a fim de que adquira mais capacidade e segurança para alcançar os resultados esperados.
4. Lembre-se sempre de Deus, como base e núcleo para qualquer objetivo de vida. Se você ignora o fundamental, fica sem fundamentos, e tudo o que vier a construir acabará por esboroar, como um castelo de areia na praia, mais cedo ou mais tarde. Deus é o Centro de nossas vidas, e devemos nos voltar para este Eixo Axial, no momento de fazer planejamentos para o futuro, consultando-Lhe a Vontade Soberana, para que não rememos contra a maré invencível de Seus Desígnios.
Analise rapidamente esses tópicos e veja onde você pode estar deficiente, tomando imediatas e eficazes providências, de modo a corrigir os pontos dissonantes com o acerto, e o êxito naturalmente virá em seu encalço.
(Texto recebido em 11 de março de 2001.)