Um(a) estrangeiro(a) imigrante que fala com fluência o idioma de seu novo país de residência pode se considerar sem sotaque (ou quase sem), por não o perceber em si e muitas vezes receber elogios de quem tem aquela língua como materna – o sotaque em adultos(as) é condição neurofisiológico-linguística inarredável de um(a) não nativo(a), e sua supressão, em nível pleno, é praticamente impossível.
De forma semelhante, indivíduos que se encontram em estágio menos avançado de maturidade psicológica e espiritual costumam julgar personalidades mais amadurecidas, avaliando-as com os mesmos filtros inapropriados de seu ego e presunção, que não lhes permitem enxergar as próprias deficiências. Dessarte, agem, pensam e sentem de modo invasivo e autoritário, injusto e ingrato, acreditando-se ainda – ironia das ironias – vítimas, quando adentram áreas de responsabilidade que lhes não pertencem, nem poderiam ser de sua alçada.
Benjamin Teixeira de Aguiar,
pelo Espírito Gustavo Henrique.
Aracaju/SE, 03/12/2012.