(Trecho de “Branca de Neve e o Caçador” – Cortesia: Universal)
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Em situações em que não há concorrência, fazem-se necessárias grandes quotas de consciência.
Leis antitruste, no meio econômico, e a luta contra toda forma de totalitarismo, no âmbito político, dão ideia da importância da vida em sociedade, que, ironicamente, por propiciar o atrito da competição e o embate dos interesses conflitantes, descortinam ao indivíduo a oportunidade de desenvolver sua face mais humana, justa, íntegra, quanto, em contrapartida, inibe a parcela diabólica que habita cada criatura, por menor que seja.
Transposta a barreira do que poderíamos denominar de faixa comum de humanidade (a esmagadora maioria dos habitantes do globo), a pessoa não mais carece de elementos inibidores da inclinação egoica ao abuso de poder. São espíritos mais velhos reencarnados no orbe. Normalmente, passam despercebidos(as) – o que é do seu feitio e agrado –, embora alguns(umas) padeçam a função de visibilidade pública, para cumprirem incumbências de vulto, ante a multidão, favorecendo-lhe e acelerando-lhe o progresso geral.
Estes seres humanos são de tal modo diferentes, de psicologia tão diversa da massa, que alguns de seus aspectos, se revelados, soariam fraudes, provocando reações típicas de defesa egoica da maioria, tais como: “Não me trate como tolo(a): ninguém realmente é tão motivado(a) pelo bem e felicidade dos outros assim!…”
A esta fatia mínima dos agrupamentos humanos, que sequer pode ser contada em percentuais (e não estamos autorizados a informar qual seria sua presença relativa, em termos demográficos), foi concedido um poder que se poderia dizer sobre-humano, que naturalmente exala de suas personalidades, como reflexão maior do Poder Divino, justamente por estarem mais à frente no carreiro evolucional e terem consciência espontânea do uso de tal poder para o bem comum, e não a benefício pessoal.
São, por assim dizer, mantenedores da energia, da vida e da prosperidade em comunidades inteiras, sendo ou não reconhecidos(as) como tais.
Os sinais dessa Sagrada Realidade, que Se manifesta por intermédio deles(as), são por demais óbvios para se poder afirmar, sem receio de incorrer em exageros: só não os vê quem não quiser – e os que não os percebem são movidos, não por falta de inteligência, e sim pelas mesmas resistências e “defesas” do ego para reconhecer evidências que contrariem seus caprichos e preconceitos.
Em torno desses(as) embaixadores(as) do Alto, a Vida floresce, em todos os sentidos, e fenômenos ditos miraculosos acontecem em seu derredor e em tudo que esteja diretamente relacionado a suas iniciativas. Projetos profissionais e acadêmicos se desdobram com facilidade “estranha” (a dizer por baixo); realizações afetivas, conjugais ou familiares, articulam-se como eventos naturais (antes emperrados), e até enfermidades e acidentes potencialmente fatais são sofridos, mas as pessoas saem deles incólumes (ou quase incólumes).
Sobremaneira, mais do que em qualquer outro lugar, perto desses(as) legítimos(as) representantes encarnados(as) da Divindade, carreiras e vocações são descobertas, e a própria alegria e um propósito para viver são revelados a cada um(a) que se permita enxertar pelas Irradiações da Vida que eles(as) refletem para a Terra.
A psicologia profunda, a psicologia arquetípica e a mitologia admitem sua existência, em termos metafóricos, enquadrando-os(as) no padrão lendário do “rei”/“rainha”, que constituem a fonte da vida e prosperidade para seu povo; eis que, quando adoecem (lato sensu) ou morrem (porque são humanos, apesar desta concessão invulgar de poder que lhes foi outorgada), toda a população igualmente adoece, o “reino” inteiro é posto à beira do colapso. Como já se disse um sem-número de vezes, a ficção imita a realidade, pobremente.
Não se trata de instituições ou posições de poder político, religioso ou cultural convencionalmente estabelecidas, e sim de liderança nata… de Espírito – inobstante, raramente, tenham eles(as) também ocupado postos de comando, no correr da história. Por esta tão basilar e visceral relevância no concerto das sociedades de que são partícipes, convertem-se em instituições vivas, donde manam a força, a inspiração e a graça para a realização de maravilhas, por um povo inteiro!
Benjamin Teixeira de Aguiar,
pelo Espírito Gustavo Henrique.
Texto recebido em 13.01.2013.