Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia.
Seu sofrimento parece soberbo? Supõe que algo de muito nefasto vai lhe ocorrer, como resultado de algum deslize do passado?
Considere algumas questões:
1) Você já assimilou a lição que subjaz ao erro em que tenha porventura incorrido?
2) Faria sentido, dentro dos princípios de economia de ocorrências que rege o fenômeno da vida, que você fosse crivado de conseqüências paralisantes ou esmagadoras, após já haver arquivado a lição que ela lhe desejava transmitir?
3) Há algo ainda que precise ou possa fazer, para lhe garantir, diante das Forças da Vida, haver assimilado inteiramente a lição que lhe foi transmitida?
Após responder adequadamente às perguntas acima enfeixadas, e tomar providências efetivas, na eventualidade de ser isso necessário, cabe a você, tão-somente, tranqüilizar-se. Afinal de contas, confia ou não na Divina Providência? Sabe ou não existir uma bondade sem-limites a cobrir todas as criaturas, assim como disse Pedro: “o amor cobre a multidão dos pecados”?
Todas as criaturas, volta-e-meia, são testadas na confiança que depositam no Criador. A fé é uma das conquistas evolutivas capitais da criatura consciente, e, sem ela, pouca coisa de grandiosa é possível ser feita, dentro ou fora de si mesmo. Portanto, atente-se para as intromissões dos demônios da dúvida, do medo ou da culpa. Procure melhorar-se, fazer sempre o que estiver ao seu alcance, mas, em última análise, sem martírios, sem angústias e sem fuga ao bom senso, ao equilíbrio e ao sentimento de relativo bem estar e paz.
(Texto recebido em 12 de abril de 2004.)