Há quem diga que falar de raça, gênero, orientação sexual, posição social etc. reforça o preconceito, em vez de combatê-lo.
Só pode haver superação de preconceitos que primeiramente são reconhecidos como existentes – para que, então, venham a ser enfrentados e eventualmente eliminados. Silenciar sobre um assunto polêmico significa amiúde esconder problemas pessoais com a temática, por motivos, via de regra, inconfessáveis. Até pouco tempo, não se falava de homossexualidade, por exemplo, porque muita gente a considerava uma aberração rara, além de abjeta.
Nosso Mestre e Senhor Jesus, em praticamente todo o Seu Messianato na Terra, apontou as hipocrisias de classes privilegiadas (sobretudo a dos religiosos, endinheirados e políticos da época) e combateu toda ordem de ataque a grupos discriminados. Ou seja, o Cristo da Verdade pugnou diretamente pela eliminação de preconceitos, propondo a fraternidade universal, que inclui, nutre e ama, em vez de excluir e condenar as diferenças – e, mormente, de tabela, os diferentes.
Muito longe ainda estamos de poder calar sobre o ideal dos direitos igualitários – fale-se de classe socioeconômica, nacionalidade, raça, gênero ou orientação sexual –, até vencermos enfim as vozes ardilosas e diabólicas do preconceito… sobremaneira porque não falar sobre temas cruciais equivale a negar sua existência, o que constitui uma das mais comuns táticas das forças do mal para perpetuar a perseguição a minorias.
Benjamin Teixeira de Aguiar e Amigos(as) Espirituais
28 de setembro de 2015