É de minha índole, desde o berço, uma clara aversão a debates e assuntos relacionados à política. Não sou afiliado a nenhum partido ou movimento político-partidário, nem participo de qualquer atividade longinquamente relacionada à temática.
Ninguém é, de sã consciência, a favor de corrupção. Todos os governos cometem erros, em graus variados. Investigações devem ser levadas a cabo, e os comprovadamente culpados haverão de sofrer as penas estabelecidas em lei, conforme processos limpos, mobilizados pelo Poder Judiciário.
Importa considerar, porém, que os vícios nacionais na falta de ética e moralidade são profundos, seculares e generalizados, manifestando-se no dia a dia, desde a atitude manhosa da “cola” escolar ao vergonhoso “jeitinho brasileiro” de fugir a regras e “se dar bem” a qualquer custo, amiúde em detrimento de terceiros.
Sendo oposição ou não ao governo federal, urge respeitarmos os fundamentais princípios democráticos, acima de rixas ou opiniões pessoais e de grupo, para que não sobrevenham males muito mais nocivos do que os que pretendemos eliminar.
Por outro lado, existe o fenômeno do inconsciente coletivo, que como que se subdivide em regiões definidas por fronteiras culturais, linguísticas e até, de certa maneira, geográficas. Lembremo-nos da culta e civilizada Alemanha, que se deixou fascinar por um facínora eloquente e esquizoide, e que, no transcurso da Segunda Grande Guerra, quase conduziu a humanidade ao Armagedom.
Se quisermos ter uma perspectiva mais isenta do que se passa politicamente no Brasil, em tão grave e conturbada, histórica e profunda crise que atravessamos, verifiquemos a análise feita por órgãos respeitáveis da imprensa internacional (vide links abaixo), em países diferentes, mais amadurecidos institucionalmente, sobremaneira naqueles em que de fato haja jornalismo imparcial e justo, com espaço na grande mídia – os bons jornalistas brasileiros ou estão escamoteados dos veículos mais influentes de comunicação em terras pátrias, ou, se dentro destes, jazem amordaçados.
Como cidadão – e não como líder espiritual propriamente –, não posso me omitir sobre tema tão relevante, porque silenciar implica covardemente compactuar com as forças do mal que pretendem introduzir o país na direção do caos e suas implicações nefastas, com prejuízos de dimensão e natureza imprevisíveis para todos(!), mas sempre com maior sofrimento da parcela menos favorecida da população.
Religiosos hipócritas recomendariam apenas silêncio e oração, mais preocupados com a própria imagem do que em seguir suas consciências. Ora, a boa oração leva à ação, e à ação corajosa e aberta no combate em favor do bem comum! Julgando-se portadores de virtude e serenidade superiores, tais religiosos pseudossábios não conhecem o verdadeiro JESUS, que, com chicote na mão e verdades flamejantes na língua, expulsou os vendilhões do Templo de Jerusalém, a principal sede do poder público em Israel, à época, ao lado dos palácios de Herodes e de Pôncio Pilatos!…
Não há lados: há o Brasil e o povo brasileiro. Todavia, existe uma corrente sinistra de desagregação contrária a ambos, embora se disfarce, como o fazem todos os gênios diabólicos, sob rótulos elegantes de dignidade malconstituída, seduzindo milhões de incautos.
Não vou revelar se expresso esse severo parecer em nome da Espiritualidade Sublime. Pensemos e ajamos com bom senso, discernimento e responsabilidade social, e não será difícil enxergarmos onde se encontram a falácia e a mentira camuflada de discursos elaborados, pretensamente patrióticos e bem-intencionados.
Benjamin Teixeira de Aguiar
16 de abril de 2016
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