Benjamin Teixeira
pelo espírito Eustáquio.
Falhaste na função que te foi confiada, como precioso depósito da Divina Providência em tuas mãos. Pressuroso por atender a impulsos sagrados de escrúpulo moral, eis que abandonas, então, o dever em meio, dizendo-te incapaz de corresponder aos reclamos – que considera justos – que fazem de tua pessoa, no sentido da perfeição que te exigem, no reto cumprimento de tua tarefa.
Não percebes, todavia, nessa atitude dezarrazoada, a infiltração da vaidade, que, em nome da presunção, dita-lhe fuga a responsabilidades assumidas, pelo fato de não seres anjo e errares de vez em quando?
Recobra o bom senso, amigo, e retoma, assim, teu posto de trabalho. Errarás, ainda, inúmeras vezes, e, nem por isso, deverás confiar-te a deserção. A Divina Providência sabe que te encontras em fase de transição entre um e outro nível de expressão evolutiva e não te espera, assim, atitudes impecáveis de um ser angelizado.
Dessarte, faze com que tuas expectativas a respeito de ti mesmo desçam a um nível compatível com teu padrão de consciência, a fim de que não te frustres mais que o necessário.
Tranqüiliza-te, prezado amigo, e segue em teu caminho. Deus vai contigo, ainda que te sintas relegado a desamparo. Continua em tuas atividades no campo do bem, e, no tempo certo, terás todas as evidências de que não estás, realmente, só, e que segues magnificamente acompanhado, amparado e protegido.
(Texto recebido em 9 de setembro de 2002.)