Benjamin Teixeira
pelo espírito
Eugênia.

Mães sofridas há, que se angustiam por não poder dar mais a seus filhos.

Mas há daquelas, porém, que ao reverso de sofrerem por seus filhos sofrerem, sofrem por eles estarem tendo alegrias indevidas, que lhes pode corromper o caráter, que os conduzirão para padecimentos muito maiores. São as mães do Céu. Estas, amiúde, choram, quando as da Terra sorriem, felizes, preocupadas com o destino derradeiro de seus pupilos reencarnados, enquanto as terrestres costumam só se ocupar de confortos e facilidades para seus pimpolhos. Mães que todos os guias espirituais são, em certa medida, não se surpreenda se não contar, deles, muito mais que recomendações severas e sugestões de disciplina, moderação e equilíbrio. Porque até alegria demais pode ser sinal de desequilíbrio ou caminho para desgraças tremendas.

Se você sofre agora, avalie, primeiramente, se você está com a consciência em paz – isso é o fundamental. Não adianta estar em meio a surtos sucessivos de alegria, sem ter profunda satisfação de alma, que denota a verdadeira felicidade. A euforia, a excitação das emoções acontecem num nível muito superficial do ser. Somente no plano do sentimento, do dever retamente cumprido, da ética, da moral, da espiritualidade, pode alguém encontrar a fonte imorredoura de felicidade e de paz.

E, não se esqueça de que, nesse caminho árduo mas glorioso de aprendizado e de ascese, você contará, sempre, com o apoio e a assistência amorosa de toda a Comunidade das Mães do Céu… Mãe que também Deus é, sequioso de seu progresso e de sua definitiva libertação do cativeiro da ignorância…

(Texto recebido em 30 de setembro de 2002.)