Realizar o bem aos(às) amigos(as) é obrigatório – até criminosos(as) e psicopatas o fazem.
Ser fraterno(a) com estranhos(as) constitui dever comum de civilidade.
Somente o esforço de perdoar e servir os(as) inimigos(as) indica conduta indiscutivelmente cristã.
Todavia, o empenho em perdoar e servir – como essência da caridade – não implica convívio nem contato direto, de qualquer natureza, com o ser perdoado e servido. A Divina Providência jamais solicitaria aos indivíduos a autoviolência de se colocarem contra os próprios princípios e sentimentos.
Forçar a intimidade entre vítimas e agressores(as), antes da mudança de disposição íntima em ambas as partes, materializaria um bem-acabado modelo de malevolência fomentadora de diversa ordem de distúrbios, incluindo eventualmente a continuidade ou mesmo o acirramento dos atos ofensivos que geraram a inimizade.
Há quem viva de mãos dadas com verdugos(as), motivado(a) por medo, culpa ou manipulações de interesse pessoal. Cabe lembrar, a propósito, que Jesus sequer dirigiu palavra aos crucificadores. Não há nessa afirmativa, porém, a intenção de restringir, mas de acentuar, de modo apropriado, a faixa de atuação do espírito da caridade.
Fazer o bem a todos(as), sem distinção, desdobra-se em um amplo espectro de atitudes e ações, que abrange tanto a firmeza na educação de entes queridos mais próximos, quanto a generosidade do mais puro serviço fraterno prestado a desafetos ou inimigos(as), como orar à distância, sinceramente, por seu bem-estar e felicidade.
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
22 de agosto de 2015