A famigerada máxima de Albert Einstein sobre uma hipotética 4ª guerra mundial me soa, interpretada literalmente, tão ingênua e irrealista, que me parece óbvio que a intenção do grande gênio da astrofísica, ao cunhar sua sentença, estava entre a sátira e o didatismo dramático, nas duas partes de sua assertiva.
Na primeira, ele afirmou não saber quais seriam as armas utilizadas numa (Deus nos livre!) 3ª conflagração mundial – era evidente que ele tinha plena ciência do perigo que constituíam as bombas nucleares, tanto que suplicou ao governo norte-americano, por escrito, que acelerasse a chegada ao feito, antes que nazistas o fizessem. Na conclusão de seu enunciado bombástico, declarou conhecer, de antemão, quais seriam as armas empregadas numa 4ª ficcional guerra mundial: “paus e pedras”.
Decerto, uma mente brilhante como a dele tinha perfeitamente como antever que não existiria mais uma humanidade sobre a superfície da Terra, após a eclosão de um conflito nuclear de proporções globais.
Que ouçamos a voz sarcástica, mas pacifista, da acutíssima inteligência voltada ao “infinitamente grande”, no século passado, e desenvolvamos um mínimo de juízo, nessa era apocalíptica que vivemos, com tantas rotas possíveis de autoextinção civilizacional, como indicam as crises ecológica e sanitária, além da relacionada ao belicismo nuclear, enquanto houver tempo de revertermos as linhas de eventos planetários, em direção ao abismo…
Benjamin Teixeira de Aguiar
e Amigos(as) Espirituais
LaGrange, Nova York, EUA
26 de agosto de 2021