3 internações psiquiátricas… Ela só almejava ser respeitada como atriz, mas lhe recusavam qualquer papel que não fosse de “sex symbol”…
Uma sequência infindável de lares adotivos por onde passou e de frustrações afetivas que vivenciou… Ela só queria ser amada, mas era brutal e tão somente desejada…
12 abortos involuntários… Ela sonhava ser mãe, mas até esse sagrado anelo lhe foi denegado, na linha de eventos pela qual enveredou…
Ao se depararem com o gênio do carisma Marilyn Monroe, as mulheres heterossexuais, em grande percentual: primeiramente, se identificavam; depois, sentiam-se estimuladas à liberação de travas arquimilenares de sua sensualidade feminina; e, por fim, muitas “estranhamente” maternalizavam-na, intuindo, por detrás dos olhos tristes da invejadíssima megaestrela, a existência de uma criança aos gritos de horror, dilacerada como artigo de consumo pela voracidade alucinada do desejo de milhões…
Eis por que a morte repentina daquela que é quase unanimemente aclamada como a maior diva do cinema, até hoje, causou comoção internacional nos meios femininos, qual se fora, em certa medida, uma espécie de luto global…
Exagero nosso? Será? Quem, passados 55 anos, lembra-se, com clareza, dos sussurros entre lágrimas, à socapa, entre mulheres mais sensíveis, naquele longínquo agosto de 1962?…
Roberto Daniel (Espírito)
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Aracaju, 22 de setembro de 2017