(Registros da Mediunidade – 01.)
por Benjamin Teixeira.
Estávamos em meio ao nosso retiro espiritual, em casa de fazenda de um casal amigo, quando o espírito Eugênia sugeriu considerássemos, falando por meu intermédio, através de processo psicofônico (incorporação):
“Reportando-nos à efeméride pátria da Proclamação da República (*1), podemos aproveitar o ensejo da data festiva para nos remontar, metaforicamente, à necessidade de estabelecermos um parlamento da consciência, que seja bem representativo da totalidade de nossas psiques. No posto máximo de condução dos complexos, relevantes e profundos trabalhos a serem encampados, em cargo diretivo deste congresso de vozes mentais, devemos posicionar nossa Supraconsciência ou Self, ou como se deseje denominar o padrão mais elevado de moral, justiça, verdade e intuição espiritual que nos constitua as identidades, e que seja acessível, de certa maneira, em nível consciente, conforme o grau evolutivo que atingimos.
A idolatria, em termos bíblicos, tão falada nas igrejas cristãs que primam por exacerbada ortodoxia religiosa, constitui-se exatamente no movimento de entronizar, no ponto culminante de prevalência psicológica, subpersonalidades, feixes mentais, subsistemas psíquicos ou nódulos neuróticos que não correspondem aos interesses gerais do ser, como um todo (considerando inclusive seus aspectos instintuais e egóicos), nem do espírito (como entidade eterna, em processo de ascese e purificação, que todos somos, em última instância, em nossa mais profunda essência). Acontece a idolatria quando, em vez da voz da consciência, alguém encarapita, no posto mais elevado de si mesmo, para fins decisórios e para a interpretação de eventos, pessoas e coisas: o poder, as posses materiais, o dinheiro em si (como força financeira manuseada no mercado flutuante das bolsas de valores, por exemplo), a beleza, a juventude, a saúde; e mesmo valores subidos e indiscutivelmente importantes, como: responsabilidade profissional, familiar e social, e até mesmo a lógica e a razão pragmática – que podem se converter em cálculo rasteiro de interesses pessoais imediatistas e hedonistas(!).
Com relação aos quesitos de responsabilidade, o busílis para dissolver-se o sofisma está em que, freqüentemente, tais princípios entram em conflito com os interesses da alma eterna. ‘Tudo pelos filhos’ pode soar uma verdade absoluta e nobilíssima para muitos, mas pode representar também, tão-só, uma extravasão do ditame biológico de proteção da prole, em função de carrear os próprios genes para as gerações futuras. Jesus disse que veio trazer a espada e não a paz, e que poria elementos de uma mesma família consangüínea uns contra outros; que veio acender um fogo sagrado, e que tinha sede de que este fogo se acendesse… (*2) O mesmo se pode dizer para o capítulo profissional e social. Às vezes, conforme convenções de época e lugar, racismo, xenofobia e condutas antiecológicas permeiam atitudes que parecem não só dignas como até heróicas, qual foi o caso dos milhões que deram a vida pela causa nazista.
Para facilitar esse complexo trabalho interior, estabeleçamos a prática de escrever um diário de emoções, intuições, sincronicidades, sentimentos e percepções mediúnicas. Em consórcio a esta iniciativa, travemos e mantenhamos persistente compromisso de relação terapêutica com psicólogo ou conselheiro espiritual de nossa confiança. Adicionando-se a estes itens o hábito da oração diária e da assiduidade semanal a um culto religioso de preferência pessoal, tem-se, então, um magnífico e muito eficiente roteiro para a autodescoberta, a autotransformação e a felicidade plena.”
(Texto composto em 19 de novembro de 2008. Revisão de Delano Mothé.)
(*1) De fato, era 15 de novembro de 2008, quando Eugênia discorreu desta forma.
(*2) Mateus, 10:34-37, e Lucas, 12:49.
(Notas do Médium)
Convite:
SURPRESAS, ENTRETENIMENTO e INSTRUÇÃO.
Liberdade, vanguarda, preconceito e felicidade. Médiuns, loucos e gênios que ensinaram a arte da plenitude e da transcendência. Além disso, uma magnífica notícia de comodidade, conforto e facilidade para todos os freqüentadores da palestra do escritor, apresentador e médium Benjamin Teixeira. Para completar, o Espírito Eugênia prometeu uma segunda surpresa, de natureza mediúnica! Leve alguém querido com você (a primeira visita é cortesia). Vamos nos colocar sob a proteção da Espiritualidade Superior! Domingo, 23 de novembro, às 19h30, no “Mega Espaço”, Rua N. Senhora das Dores, 588. Evento angariando recursos para o programa Salto Quântico, em rede nacional de televisão – CNT, 15h30 de sábados (horário de Brasília); 9h de sábados (horário de Aracaju), apenas em Sergipe, Aperipê TV –, que divulga a salvadora mensagem da imortalidade da alma e da inspiração e supervisão da Espiritualidade Maior, nas existências dos que se dedicam ao bem comum. Informações: 3041-4405.
Equipe Salto Quântico.