Pérolas de Sabedoria – 5
Benjamin Teixeira de Aguiar
pelo Espírito Eugênia.
Há 100 anos (mais precisamente na madrugada de 15 de abril de 1912), o famigeradíssimo “Titanic” naufragou, carreando consigo, para o fundo gelado do Atlântico Norte, sem distinções, cavalheiros bilionários e proletários desempregados (que imigravam em busca de uma melhor sorte no Novo Mundo), computando mil e quinhentos óbitos, em condições de horror inimaginável à esmagadora maioria dos seres humanos dos dias cômodos que correm. Polêmicas secundárias à parte, o fatídico evento trouxe-nos algumas mensagens cifradas, como símbolo dos albores de uma nova Era para a Humanidade terrena. Com ele, alegoricamente, imergiram, para sempre, sonhos de hegemonia e grandeza perenes, dentro de uma série de ilusões da época, crenças consideradas fatos concretos ou princípios inamovíveis e imbatíveis, das quais destacamos algumas:
1) A Ciência racionalista-materialista-ateia – o “insubmergível” transatlântico, sobre que se fez a declaração blasfema, em sua solenidade inaugural: “Nem Deus põe a pique”, não suportou o confronto com mera água congelada, afundando menos de três horas após a colisão, em sua primeira viagem.
2) O puritanismo cavalheiresco, hipócrita e sanguinário da “era vitoriana”, que ergueu o “Império sobre o qual o Sol nunca se punha” (inescrupuloso para disseminar, deliberadamente, o vício do ópio na China, por exemplo, a fim de melhor dobrá-la a seus interesses), como modelo máximo de civilidade e educação para indivíduos e coletividades. O moralismo demagógico britânico, cuja representação máxima se perfazia na “impoluta” família real, daria espaço ao escracho dos escândalos sexuais e outras condutas de confronto com a moral e as convenções vigentes, por parte de grandes astros e estrelas de Hollywood, abrindo espaço para a transparência e a honestidade no trato do ser humano com a sua própria natureza híbrida entre o animal e o anjo – ambos, vetores psíquicos respeitáveis em suas necessidades e aspirações, respectivamente.
3) As repúblicas (ou monarquias) democráticas capitalistas radicais – a Revolução Bolchevique, em 1917, na Rússia, pôs em xeque o capitalismo selvagem das grandes diferenças socioeconômicas, colocando o mundo na rota do confronto entre os dois lados da “Linha de Ferro”, à beira do apocalipse nuclear, por décadas sucessivas, enquanto se reviam as abandonadas questões sociais em prol da utopia de um individualismo idolatrado ao nível do delírio.
4) O reinado inquestionável da cultura ocidental, sem imbricações importantes com as tradições orientais – a Primeira Guerra Mundial (iniciada em 1914) precipitou em franco declínio o eurocentrismo de então, para que, nos Estados Unidos da América do Norte, sobremaneira após a Segunda Grande Conflagração Mundial (1939-1945), se desse uma interfusão mais intensa e prolífera (havia-se encetado, menos expressivamente, na segunda metade do século XIX) de culturas, povos e raças, no processo de incubação da Nova Era de fraternidade que raia para a humanidade terrestre, na direção de um futuro não tão longínquo (cada vez mais próximo), atualmente mais perceptível, em vários aspectos, em outro gigante da América, embora do Sul: o Brasil.
Não espere que crises “titânicas” aconteçam com você, para que engendre mudanças inadiáveis. Antecipe-se ao solavanco evolutivo final (sempre devastador), e desencadeie seu próprio armagedon existencial-consciencial (de maneira mais suave, portanto): reconstruindo-se, antes que o navio de seus velhos conceitos, valores e hábitos afunde junto com você, num soçobro perfeitamente evitável com a iniciativa de tomar a frente de transformações cogentes, apontadas pelos alarmes internos da própria consciência e da intuição. Ande um passo adiante do inexorável, pois que, naufragando a nau de sua existência, demandar-se-lhe-á muito mais tempo (quiçá reencarnações), a fim de que logre reparar-se dos ferimentos n’alma e desfazer o emaranhamento inextricável da teia carmática de seu destino, em diversos departamentos de sua vida mental, que lhe advirão da negligência indesculpável…
(Artigo corredigido no início da madruga de 30 de janeiro de 2012.)
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