Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia.

Nesse momento de congratulação e de gáudio, de festejo e celebração da espiritualidade, em sua multifacética manifestação de Luz (*1), indispensável dizermos aos prezados amigos que mais do que recebermos o socorro do Alto, podemos nós mesmos nos fazermos representantes desta Luz. Como foi dito no final da preleção do nosso companheiro encarnado, um terço da comunidade humana, conforme expressão percentual apresentada por Chico Xavier, em seu clássico “Voltei” (*2), é componente do Plano Sublime de Vida, o que significa dizer que, entre vocês, prezados amigos encarnados, muitos são partícipes da Espiritualidade Superior, devendo, destarte, compenetrar-se desta responsabilidade. Ser componente da Espiritualidade Superior não é “se sentir superior”, na utilização do vernáculo comum. Na semântica da palavra “superior”, a acepção aqui utilizada é a de, tão-somente, indicar alguém mais desenvolvido, mais amadurecido, mais altruístico e menos egoísta.

Em isto considerado, gostaria de lembrar a cada amigo, cada companheiro e companheira aqui presentes, que nós somos responsáveis pelo que disseminamos entre as pessoas com quem convivemos, seja no seio da família, seja no meio do  trabalho, seja nas situações sociais aparentemente prosaicas, sem propósito definido, mas sempre com finalidades subidas, quando sabemos olhar qualquer ocorrência com os olhos da fé. Quantas vezes, numa festa considerada profana, a Divina Providência nos propicia encontrar companheiro com quem há muito tempo não cruzamos caminho, e, assim, reatamos laços de amizade, ou plantamos a semente de uma idéia nova, que já trazemos no peito como conquista evolutiva pessoal? Da mesma forma, muitas vezes, até mesmo em desgraças aparentes, como as da perda de entes queridos, em solenidades públicas como a do velório de pessoas, podemos ter o ensejo de levar uma palavra amiga, uma inspiração salutar.

Então, caros amigos, a despeito do abismo que nos separa de vocês encarnados, gostaria de “lucificar” suas consciências com esta voz da esperança que parte da Mãe Santíssima da Humanidade. Vocês nunca estão sós. Nós, seres humanos, encarnados ou desencarnados, nunca estamos de fato desamparados, sobremaneira quando nos fazemos canais da Providência e do Amor Divinos, da Bondade de Deus que nunca cessa de trabalhar pelo bem comum. Quem quiser, portanto – reforçando este ponto capital, ventilado no transcurso da rápida preleção da noite –, fazer-se maior beneficiário, receptáculo preferencial da Graça Divina, seja aquele que é o motor de disseminação do bem, o vértice produtor de ajuda; aquele que divulga a palavra amiga, que distribui a bênção da paz, da espiritualidade; aquele que, muitas vezes, tão-somente difunde a dádiva do socorro material, do alimento, do agasalho, do auxílio medicamentoso. Como seja, façamos a nossa parte na máxima medida ao nosso alcance, e Deus fará o resto, potencializando nossos esforços.

Pudesse eu, abraçaria a cada um dos aqui presentes; pudesse eu, traria meu coração numa bandeja, ofertando-o para preencher o vazio d’alma de muitos de vocês; pudesse eu, estaria ao seu lado, servindo-os em suas casinhas, preparando a refeição, arrumando o domicílio… Amiúde, apenas com pequenos, singelíssimos gestos de amor, podemos salvar vidas – faria isso eu mesma se pudesse. Não podendo, na condição de desencarnada, como estou, pediria para aqueles que se dizem nossos amigos; aqueles que se dizem agradecidos pelas benesses que o Salto Quântico dissemina, por todos os meios que utiliza; aqueles que se sentem gratos pela Luz de Maria que vem por nosso intermédio, façam-se, mui encarecidamente, por mim, braços e mãos amorosos; preparem a comida da noite, da manhã, do almoço, com amor; arrumem a casa, com amor; realizem aquele maçante trabalho na ocupação profissional, com amor; preencham aquele documento aparentemente improfícuo, no vazio da burocracia, com amor; atendam aquele cliente, paciente, freguês, com amor. Sejamos amor… e nós mesmos seremos os primeiros a estar impregnados dessa linfa axial, que não só preenche, mas também nos felicita e faz com que nos tornemos turbilhões de fé e luz, nas nossas e nas vidas do máximo número possível de pessoas que possamos atingir.

Lembremos, por fim, do pedido fundamental de Nossa Mãe Santíssima, quando disse que oremos pela paz da Terra. Estamos à beira do abismo, mas não nos precipitaremos, porque Ela está intervindo. A despeito desta Sua garantia, entrementes, não tergiversemos ao esforço de orar, com as veras mais profundas de nossa alma, todos os dias, pela paz na Terra, porque será justamente pelo fato de muitos atenderem ao apelo d’Ela por orar, que os sombrios vaticínios cataclísmicos não se concretizarão de todo. Oremos, preferencialmente à hora do Ângelus, às dezoito horas, para que assim nos conformemos em uma grande rede oracional, unidos sobremaneira às falanges dos católicos encarnados, que neste momento fazem a oração da Ave Maria, e, deste modo, façamo-nos antenas repetidoras da vibração de Maria, que pacificará a Terra em tempo. Não entraremos em detalhes sobre a possibilidade de catástrofes coletivas que acontecerão parcialmente, mas a humanidade sobreviverá. Tranqüilizem-se, porque Ela, Mãe Sacrossanta de Amor Infinito, vela, zela, toma conta de nós, como Seus filhos que somos. Pacifiquemo-nos no exercício da fé e da oração, na ativa e contínua prática do bem, e tudo mais se resolverá por conseqüência.

(Mensagem recebida psicofonicamente, pelo médium Benjamin Teixeira, em 8 de outubro de 2006, ao fim da palestra pública semanal, que acontece todo domingo, às 19 h e 30 min, no Espaço Emes, Aracaju, Sergipe. Revisão de Delano Mothé.)

(*1) Comemoração do evento “A Hora dos Fantasmas”, em seu primeiro aniversário. Clique em “Mensagens Anteriores”, na mensagem do dia 6 de outubro.

(*2) De autoria do espírito Irmão Jacob, pseudônimo do industrial Frederico Figner.
(Notas do Médium)

Fonte: http://www.saltoquantico.com.br