A Sociedade Maria Cristo (formalmente, Sociedade Filantrópica Maria de Nazaré), na condição de órgão consultivo com status especial junto ao Conselho Econômico e Social da ONU, desde 2018, mediante seu presidente-fundador Benjamin Teixeira de Aguiar, encaminha seu pronunciamento por escrito ao maior fórum internacional de empoderamento de mulheres e meninas, a 69ª sessão da “Commission on the Status of Women”¹

A mulher deveria ser considerada o centro da cultura e da civilização humanas.

Milênios de patriarcalismo, no Ocidente quanto no Oriente, têm se mostrado opressivos e sanguinários, e só não extinguiram, de há muito, o gênero humano da superfície do planeta, por falta de tecnologia bélica para tanto. Não é o cenário que vivemos atualmente…

As mulheres, via de regra, são mais intuitivas e empáticas, conciliadoras e respeitosas com seus semelhantes e outras espécies.

O império da masculinidade exacerbada e, por isso, patológica estabeleceu, século sobre século, um rastro de devastação sobre os patrimônios inapreciáveis dos ecossistemas e, com o advento das armas bélico-nucleares, conduziu a humanidade, apenas para falar desses dois tópicos mais sensíveis, à beira do Armagedom…

Reconhecemos os resultados pragmáticos da incontentabilidade peculiar a expressiva parcela da população masculina, fomentando o progresso das ciências e a prosperidade no âmbito material. Todavia, o modelo de organização socioeconômico-político-cultural que dela brotou não é sustentável – simples e grave assim. Severamente grave!…

Nenhuma pessoa digna e esclarecida entenderia necessário inverter a ordem de poder, posicionando mulheres em condição superior aos homens, mesmo porque o bom paradigma matriarcal inclui e nutre a masculinidade psicológica e moralmente saudável, jamais propugnando uma pretensa hegemonia feminina.

O tema do empoderamento de mulheres e meninas é axial para a sobrevivência do ser humano sobre a crosta terrestre e, em nossa maneira de ver, como já o dissemos, consiste em redescobrir um poder feminino latente que nunca deixou de existir.

Todas as medidas a serem tomadas devem se pautar pelo reconhecimento claro desse núcleo conceitual basilar, sejam elas públicas ou privadas, científicas ou tecnológicas, sociais ou culturais, econômicas ou políticas, locais ou globais, a exemplo da inadiável preparação e integração dos contingentes femininos, especialmente em nações pobres, à era de acelerada transformação que o desenvolvimento exponencial da inteligência artificial vem provocando no mercado de trabalho e em diversos departamentos de ação e disciplinas do saber humanos.

Ou implementamos, de modo eficaz, contínuo e amplo, essa tão axiomática e impostergável inferência, ou, creia-se ou não no postulado que aqui apresentamos, não haverá chances à continuidade da presença humana neste pequeno rincão do universo conhecido.

Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
Eugênia-Aspásia (Espírito)
em Nome de Maria Cristo
Aracaju, Sergipe, Brasil
9 de outubro de 2024

1. Tema da CSW69 (2025): “Revisar e avaliar a implementação da Declaração de Pequim e Plataforma de Ação e os resultados da 23ª sessão especial da Assembleia Geral” – com foco nos desafios atuais que dificultam o empoderamento de mulheres e meninas e a conquista da igualdade de gênero, tendo em vista a plena realização da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável.

Vide versão em inglês: Urgent and determined action now… or the apocalypse at any moment, on multiple fronts