A ilusão que o aturde também contém uma lição a ser assimilada.
Tudo na vida é aprendizado. Ainda quando, displicente, alguém se deixe enveredar por um caminho sabidamente errado, um conhecimento novo é arquivado, de modo que o mero entendimento do erro evolua para compreensão profunda, quiçá impedindo-lhe nova reincidência no ato transgressor, pelo desenvolvimento de um novo padrão de consciência, pela aquisição de sabedoria, pela comutação da mera informação em conhecimento incorporado à alma, em todas as suas nuances sutis.
Tomando essa perspectiva, a culpa e o medo se fazem completamente desprovidos de sentido. Obviamente que tal enfoque não deve ser um introdutor à ótica irresponsável dos inconsequentes. É indiscutível a necessidade de haver esforço de melhoria íntima, mas sem as paranoias de depurar-se inteiramente – há defeitos com que se tem que conviver uma, duas, inúmeras vidas sucessivas. Sendo assim, aprenda a coexistir com sua falha, administrando-a e aproveitando-a para o bem, dando-lhe alguma utilidade, tornando-a fonte energética que incremente sua produtividade. Talvez, quem sabe, descubra que o defeito não seja propriamente um defeito ou, ao menos, não seja o defeito central, e sim o prisma que lhe dava as feições de traço malévolo.
Recomece, assim, seu novo dia, em paz. Sem a angústia de se cobrar ser o que não é ou o que não pode vir a ser por ora. Dando de si o que realmente está em seu alcance, respeitando sua personalidade e caráter, seus valores, princípios e idiossincrasias. Se outros podem fazer melhor, são os outros. Dê de si o seu máximo, porque cada um será avaliado se esteve ofertando o que podia e não o melhor, comparativamente aos demais. O Direito Divino é perfeitamente justo, de modo que relativiza o julgamento a cada caso particular, dentro do contexto singular de sua circunstância.
Tranquilize-se e se concentre em seu trabalho.
Eugênia-Aspásia (Espírito)
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
18 de junho de 2001