Benjamin Teixeira
pelo espírito Gustavo Henrique.
Nesta data especial da História Universal, em que se comemora a independência das 13 colônias britânicas do Novo Mundo, a darem formação aos Estados Unidos da América, no longínquo 1776, evento que se fez precursor da própria Revolução Francesa, de 1789, cabe-nos fazer uma reflexão prática, que possa ser aplicada a nosso cotidiano, favorecendo-nos aprender, com os irmãos do norte, a combatividade, o espírito de responsabilidade pelo próprio destino e a determinação em atingir os próprios objetivos.
O ser humano tem uma natural inclinação a desculpismos baratos, para fugir à luta e à busca por realizar as metas que delineia para si, o que as culturas neolatinas têm forte propensão a alimentar, sem pudores, e, muito pelo contrário, conferindo-lhe ares de virtude, como uma pseudo-humildade e um falso-realismo, em verdade desdobrando preguiça, covardia e pessimismo. Muito curioso, por sinal, que esta postura displicente facilmente se manifeste, de forma reversa, como hostilidade e suspeita contra a prosperidade e assertividades ianques, denotando, visivelmente, traços de inveja e inconsciência da própria entrega ao comodismo irresponsável da psique infantil.
Por isso, quero me dirigir a ti, de forma mais firme e direta, no capítulo de alguns rápidos itens, no particular destes quesitos de valor pessoal.
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Tu te mostras suceptível porque o mundo não se curva a teus caprichos? Renova logo teu ponto de vista, companheiro, porque isto tão-somente revela primitivismo psicológico, conduta infantil e mesquinharia dissimulada, já que o caráter diamantino não se rende às circunstâncias, e transforma os piores reveses em catapultas para desferir guinadas para frente e para cima na própria existência, transfundindo fracassos em triunfos, através da aplicação inteligente da experiência adquirida no erros em que incorreu.
Houve, em todos os tempos e povos, mulheres oprimidas no lar, que se converteram em anjos da sublimação e do total sacrifício de si mesmas, pelo bem de seus entes queridos.
Inúmeros homens valorosos, humilhados no recesso do seio profissional, abandonaram empregos seguros, para se dedicar a audazes iniciativas empresariais, realizando prodígios de progresso na indústria, no comércio e nos serviços, quando não na área nobilíssima (e ainda mais arriscada) da tecnologia e da ciência.
Anciães provectos, e aparentemente inúteis, transmutaram-se, em todas as culturas e nacionalidades, em baluartes de sabedoria e serenidade, auxiliando os mais jovens a pensar com propriedade, desprovidos de emoções ensandecidas.
Gays oprimidos e escarnecidos explodiram em competência artística e intelectual, assombrando os heterossexuais menos motivados e mais enquadrados, revolucionando setores de atividade, com sua capacidade invulgar para ver além das convenções e do estabelecido, pela própria força de sua circunstância infeliz.
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Reconsidera, amigo, tua idéia de impossibilidade e castração: é assim que pensam, falam e agem os medíocres e covardes, de toda época e lugar. E se te inclinares a culpar alguém por tuas dores e dificuldades, vê quantos dedos mais tens apontados para ti mesmo, enquanto teu indicador se dirige ao pretenso-responsável por tua sina, porque, sem dúvida, és tu o maior e, em última análise, o único responsável por tua infelicidade, já que tornas motivos de empeço o que outros fartamente provaram ser possível transformar em estímulo, desafio e oportunidade de crescimento e vitória!
Tu podes escolher te sentires vítima. Sendo assim, curte teu melodrama à vontade. Mas sabe, de antemão, que não passa de uma fantasia escapista de mentes preguiçosas e indisciplinadas, que não querem pagar o preço pelo próprio progresso e bem-estar.
(Texto recebido em 4 de julho de 2007. Revisão de Delano Mothé.)