Diante de acerbas dificuldades, sentindo-se no último suspiro antes da total falência em persistir em seus propósitos de crescimento, realização e paz, recorde-se da Luz imorredoura dos Céus, que vela por seus destinos e sua felicidade, e retome fôlego para seguir, renovado, nas trilhas do seu ideal.
Sentindo-se cambalear, nas sinuosas veredas da vida, trôpego e exangue, perdido e angustiado, lembre-se de que existem Forças Maiores, que sustentam o ânimo daqueles que sinceramente buscam o bem e a verdade.
Sentindo-se fraquejar na disciplina fundamental que dá piso à sua fé, envergonhado de suas defecções e temendo um retumbante fracasso no programa reencarnatório que delineia seus caminhos no mundo físico, volte os olhos para Cima e rememore-se da última promessa de Jesus, quando de sua passagem pela Terra: Estarei convosco até o último dia.
Você, amigo, não precisa se mostrar um expoente de espiritualidade, de amor, de santidade ou de sabedoria, para seguir vida afora, cumprindo corretamente os seus deveres perante Deus e os homens. Somente de um pouco de boa-vontade e responsabilidade é que não prescinde, para que a plena realização de seu projeto de vida tenha ocasião de acontecer.
Esforço, persistência e mesmo sacrifício, nas renúncias imprescindíveis do supérfluo, em função de se priorizar o essencial são corretos, justos e louváveis. Mas jamais se martirize, condenando-se a uma vida de infelicidade e amargura constantes, como se fora um réprobo da eternidade, sentenciado a suplícios sem fim. Exigir-se progresso moral não implica matar a alegria de viver – isso seria o primeiro passo para não se estar na senda da genuína espiritualidade.
Chegou a hora de você moderar em tudo, a começar pelo seu próprio radicalismo autocrítico, em matéria de moral e espiritualidade, a fim de que viabilize sua existência e dê condições a si mesmo de concretizar um destino de paz, equilíbrio, amor e felicidade.
Gustavo Henrique (Espírito)
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
04 de dezembro de 2000