Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia.
Atacaram-no e o acusaram de fazer o que não fez.
Deu oportunidade de trabalho, valorizou, estimulou, promoveu quem acabara de haver chegado, e foi apunhalado e atraiçoado pelas costas.
Mãos ociosas e mentes maliciosas, por sua vez, em vendo-o humano, interpretaram-no à conta de demônio de falsidade e interesses mesquinhos, apenas por estar devotado a uma tarefa de natureza divina.
Não percebem, os pobres coitados, a dimensão da dívida que acumulam sobre si, a imensidão das energias contrárias que acumulam em sua direção.
Tenha piedade, meu filho. As vozes da ingratidão e da mentira, do orgulho e da vaidade, ainda são dominantes no mundo das trevas em que está, ainda nos círculos mais ditos espirituais. Passam, ruidosas, em sinistro cortejo festivo, como se estivessem a proclamar verdades absolutas, aturdindo a quem as ouve, espalhando, com o fel da calúnia e da perversidade, o mal estar que, todavia, fatalmente retornará em sua direção, tão mais intensamente, quanto maiores e mais importantes, diante de Deus, os patrimônios que, levianos, tentam destruir, atacando a pedradas.
Os Trabalhos de Deus, porém, são guarnecidos por mastodônticas muralhas de Luz. Lançam pedras de lama contra elas, que se desfazem, quais grânulos de poeira diante do Sol imperturbável… Não se suponha a sós, porque poucos na Terra o possam compreendem ou divisem a extensão de seu esforço e de seu sacrifício, justamente por, humano, fazer algo quase sobre-humano. Tranqüilize-se e siga no seu posto de serviço, rendendo fidelidade e dedicação às Forças que representa no mundo, a despeito do que digam de sua pessoa.
A Divina Providência saberá dar resposta, proteção e amparo àqueles que lhe servem de canal no mundo. Portanto, entregue tudo que ocorre ao Divino Senhor e esteja em paz. Quanto a você, cabe silenciar, sorrir e continuar…
(Texto recebido em 1 de outubro de 2002.)