Com 42 livros publicados (e mais 58 no prelo, para serem “trazidos a lume” nos próximos 6 meses – a maior parte, em formato eletrônico), Benjamin Teixeira, 39 anos, é criador e apresentador do programa de TV mais antigo da televisão brasileira na temática Espiritualidade, exibido pela Aperipê TV, via satélite, para praticamente toda a América Latina. Já foi transmitido em duas redes nacionais (a última, a CNT), até o início deste ano, quando a Equipe Salto Quântico definiu se concentrar em sistemas de divulgação pela internet. Benjamin se qualifica como: “Canal do Espírito Eugênia”.
AUTORRETRATO com BENJAMIN TEIXEIRA.
(Thaïs Bezerra) – Momento preferido do dia:
(Benjamin Teixeira) – Quando, em prece, entrego-me completamente a Nossa Senhora e Nosso Senhor – nada mais tem importância (para preocupar), tudo adquire importância (para aprender e servir).
(TB) – Um motivo de orgulho?
(BT) – Não sei se diria orgulho, mas com certeza honra, o que inclusive não entendo até hoje por que aconteceu: ter sido o escolhido pela grande sábia e santa que foi Aspásia de Mileto na Grécia Antiga e Bernadette Soubirous na França moderna, no sentido de servi-l’A, na presente encarnação, para que Ela estenda sua sabedoria e amor pelas multidões.
(TB) – Trilha sonora da sua vida:
(BT) – “Meu Mundo e Nada Mais” de Guilherme Arantes.
(TB) – Um talento doméstico:
(BT) – Agora é a hora de sentir orgulho: me julgo o maior fazedor de batida de banana da Terra! (risos).
(TB) – Qual é a primeira coisa que pensa ao acordar?
(BT) – Sei que lindas respostas caberiam aqui, mas estou fazendo um autorretrato honesto. Gostaria de poder dizer que meu pensamento primeiro do dia vai para Nossa Mãe Maior, Maria Santíssima, para Deus, para Jesus ou o Espírito Eugênia. Mas isso varia, conforme época e estado de espírito. E lamento ter que dizer que é comum acordar-me com preocupações secundárias (sobre a Organização que dirijo, sobre pessoas que me procuram com seus problemas, sobre questões minhas inclusive – é claro), quando tudo está bem, quando estamos com Deus e para Deus. É logo em seguida, na disciplina da prece, que me ponho no eixo espiritual, diluindo todas as questiúnculas de caráter humano, na solução Divina da fé, da total entrega a Deus e Seus Representantes para nós.
(TB) – O que mais aprecia em seus amigos?
(BT) – A lealdade. Pasmo-me, às lágrimas, e frequentemente agradeço a Deus e aos próprios amigos a lealdade de que tenho sido objeto, no correr de anos consecutivos, por almas devotadas que me cercam (estou falando dos encarnados), a quem vejo, por essa sua conduta, como Seres de Luz que reencarnaram para me ajudar na missão tão grandiosa e complexa do Espírito Eugênia, sendo eu tão limitado, humano e cheio de defeitos comuns. Quem já se aproximou um pouco que seja do meu círculo de amizades sabe do que estou falando. Thaïs Bezerra, por exemplo, com quem raramente me encontro pessoalmente, é destes exemplos impressionantes de lealdade. Atribuo tudo isso à influência do próprio Espírito Eugênia, que sabe encontrar corações dedicados, que se disponham a cooperar, sincera e desinteressadamente, com uma Causa que, realmente, não me pertence, mas à Mãe Todo-Amor, Maria Santíssima.
(TB) – Uma mania:
(BT) – Seria hábito? Gosto de ver filmes, ao modo tradicional, na projeção da sala escura. Visitar um cineteatro, para mim, é dever de lazer com que me sinto em falta, como se fosse uma obrigação moral, dando-me quase dor na consciência quando não vou (risos), por sobrecargas de trabalho, principalmente porque muito raramente assisto a televisão.
(TB) – O que precisa melhorar na sua cidade?
(BT) – A educação de seus nativos. Até um “bom dia”, um “por favor” ou “obrigado” são peças incomuns que merecem elogio, quando deveriam ser a regra. Somos um povo mais tendente à honestidade, mas grosseiro demais. Nada tem a ver decência com ser rudeza.
(TB) – Em que momento do dia é mais feliz?
(BT) – Quando, durante o primeiro Culto do Evangelho do dia, no meio da tarde, eu me concentro a receber as mensagens mediúnicas pessoais. Dá-me um prazer enorme ser canal destas Cartas do Céu. Como as pessoas ficam felizes! É tão maravilhoso saber que somos assistidos, protegidos e inspirados, por seres mais bondosos e sábios que nós!… As mensagens seguem com dados que os destinatários sabem ser do meu completo desconhecimento. Há vários exemplares destas missivas celestes, estudadas com o testemunho dos receptores, ofertados gratuitamente, no ícone: “Provas da Imortalidade da Alma”, na interface de nosso site: www.saltoquantico.com.br.
(TB) – Por que motivo chorou a última vez?
(BT) – Foi hoje mesmo. Choro com muita frequência. Quase todo dia. Meu trabalho, como é notório, é muito difícil. Chorei desabafando com meu irmão do espírito Delano Mothé, quanto a como é desagradável ter que ser duro com as pessoas, no serviço do aconselhamento. Gostaria de só falar coisas agradáveis, politicamente corretas e simpáticas às pessoas. Meu dever e minha consciência, todavia, são imperiosos no sentido contrário. Minha função não é fazer as pessoas gostarem de mim, mas sim ouvirem o melhor que tenho a lhes oferecer, em termos de material de sabedoria. O problema maior, neste particular, é que é próprio do ser humano fazer-se sempre de vítima e pôr a culpa em fatores, indivíduos e eventos externos. Enquanto formos dominados pelo ego e seus sistemas de defesa e autojustificativas, estaremos condenados a nos sentir vítimas e impotentes, ante inimigos e forças contrárias aparentemente imbatíveis. Somente faceando este desafio, logramos descobrir, efetivamente, o poder de solucionar nossos dilemas existenciais e arquitetar nossa própria felicidade, bem como de nossos entes queridos. Ferir, frontalmente, as ilusões de autoimportância das pessoas é terrivelmente doloroso, para elas e para mim.
(TB) – E por que motivo sorriu?
(BT) – Sorri e chorei ao mesmo tempo, hoje mesmo. Uma crise de estafa profunda conduziu-me a socorro hospitalar. Enquanto era medicado, estando cercado de amigos íntimos, orando em conjunto, uma enorme Bola de Luz, em tom solar, apareceu no meio de nosso grupo e, de seu núcleo, espocou, suavemente, um braço vigoroso de Espírito Paternal, estendendo-me a destra, em sinal de auxílio fraterno. A cena foi espetacularmente tocante.
(TB) – Uma ambição profissional:
(BT) – Fazer mais pessoas conhecerem a sabedoria salvadora, transformadora e felicitadora do Espírito Eugênia.
(TB) – Quem gostaria de ser se não fosse você mesmo?
(BT) – É um tipo de fantasia que me incomoda um pouco, mas compreendo que a pergunta é altamente construtiva se a responder de forma metafórica. Tento absorver o padrão de desapego completo e amor incondicional que o Espírito Eugênia me transmite, em Suas comunicações. Estou infinitamente longe do patamar vibratório d’Ela, mas sei que é meu dever envidar todos os esforços por me aproximar de seu diapasão psíquico.
(TB) – E onde gostaria de viver?
(BT) – Tenho muita saudade de Casa (olhe o chorão de novo… – risos). Uma cidade simples, onde eu residia, no plano extrafísico, antes de encarnar. Lá, há poucos homens, mas infinitamente amorosos corações de mãe, em flux, que me partem o coração lembrar. Sinto muita falta delas. O convívio com Eugênia – por excelência, uma delas –, por meio do trabalho mediúnico, torna-me suportável estar aqui.
(TB) – Última vez que gritou:
(BT) – Hoje mesmo (risos), em nosso culto da tarde, depois do atendimento hospitalar, indignado com os argumentos estúpidos dos ateus (de um modo geral), mas que fazem estragos tremendos em mentes frágeis e pouco treinadas, para rebater-lhes as postulações tolas de niilismo.
(TB) – Uma culinária que faz bem ao paladar:
(BT) – A brasileira, porque parece conjugar o que há de melhor do mundo inteiro, não é verdade? São Paulo me parece ser o lugar do mundo em que mais se passa bem à mesa… ou muito mal… (risos)
(TB) – Você tem medo de quê?
(BT) – Pelo-me de medo de retornar sem cumprir tudo que programei para a presente reencarnação.
(TB) – Um cheiro:
(BT) – De bebezinho recém-nascido. Tem coisa mais agradável no mundo? (risos)
(TB) – Gasta muito com:
(BT) – Livros e DVD’s.
(TB) – Que sugestão daria ao governador?
(BT) – Mais cuidados com sua moradia permanente nesta encarnação – seu corpo físico. Mas eu tenho zero autoridade moral para dizer isso, né? (risos)
(TB) – Qual a sua ideia de um domingo perfeito?
(BT) – Oração longa pela manhã, almoço com corações amados, como meus amigos-devotos-colaboradores; recepção de muitas mensagens do Plano Sublime para todos eles, no culto do Evangelho; palestra na Sociedade Semear em que consiga canalizar corretamente os mestres da Espiritualidade; um filminho cheio de significados simbólicos a decodificar (risos), ainda acompanhado de alguns corações queridos; e, por fim, uma leitura de qualidade antes de dormir. Estou me deleitando, por exemplo, por estes dias, com uma biografia de Churchill que ganhei de Natal de meu príncipe encantado encarnado, meu consorte Wagner Mendes.
(TB) – Uma lembrança da infância:
(BT) – Meu avô materno Clóvis, lendo suas obras em línguas estrangeiras, enquanto eu rabiscava meus “projetos científicos” (risos), em grafite e papel jornal. Levei muito a sério um tal de “cinturão mágico”, que processaria energia solar para conceder superpoderes ao seu portador (risos) – fiz isso até os meus oito anos. Meu avô (que desencarnou logo após eu completar nove anos) me ar-ra-sou, explicando-me, em meio a uma risadinha abafada de complacência terna (e fazendo-me conhecer o significado de uma nova palavra), que a tal empreitada “carbonizaria” o usuário. Vê-se, com isso, que meu avô levava a sério minhas empresas “científicas” (risos).
(TB) – Uma palavra:
(BT) – Gostaria de dizer aqui que já a conquistei (como a solicitou e recebeu o profeta bíblico Salomão), mas ela continua constituindo, para mim, um ideal distante de concretizar: SABEDORIA.
(TB) – Qual o seu bem mais precioso?
(BT) – A devoção a Nossa Mãe Maior, Maria de Nazaré (lá vai o bobão chorando de novo – risos).
(TB) – Um hábito do qual não abre mão:
(BT) – Orar antes de fazer qualquer coisa no dia. Deus me livre!… se eu solto o touro em seu estado original, só vão acontecer estragos! (risos) Tenho que pôr arreios e sela, para que um ousado bom espírito tenha a misericórdia de me cavalgar e conduzir o espírito rebelde.
(TB) – Um hábito de que você quer se livrar?
(BT) – Achar que não tem a menor importância estar obeso. Gosto de me sentir escondidinho, por detrás de minhas “amadas” banhinhas (risos).
(TB) – Qual o projeto que gostaria de ver aprovado na Câmara?
(BT) – Sem dúvida, o da união civil de pessoas do mesmo sexo. Todos somos vítimas de preconceito, em algum nível. Comecemos por vencer o pior, e as expressões menores de preconceito perderão força.
(TB) – Um gosto inusitado:
(BT) – Panetone tradicional quentinho, com queijo prato e manteiga comuns… Hum!…
(TB) – O que não come de jeito nenhum:
(BT) – Frutos do mar – sou alérgico a eles. Felizmente, também não os aprecio.
(TB) – Um livro insubstituível:
(BT) – Uma tetralogia: os Evangelhos canônicos de Nosso Senhor Jesus – de “lavada” em qualquer outra obra.
(TB) – Que dom gostaria de ter?
(BT) – De silenciar minhas opiniões mais íntimas e difíceis aos amigos do coração. Raros aguentam isso. Cedo ou tarde, me abro. E o ego dos ouvintes… Por isso, sou uma das pessoas que mais viu gente “centrada” surtando e dizendo loucuras. É dose, realmente, ser meu íntimo. Em casa, na intimidade, não consigo poupar o ego de ninguém, nem o meu, nem o das pessoas que mais amo. Bem, talvez seja esta uma das razões de ser cercado por amigos tão especiais: só os especiais aguentam este touro e as chifradas da fala ple-na-men-te sincera, ainda que machuque a todos, inclusive a mim mesmo.
(TB) – Um filme que sempre quer rever:
(BT) – “Revólver”, de Guy Ritchie. Ministrarei, inclusive, um seminário em janeiro ou fevereiro sobre ele.
(TB) – Que pecado comete com mais frequência?
(BT) – Gula, sem dúvida… (risos)
(TB) – Principal qualidade em um homem:
(BT) – Idealismo.
(TB) – Um arrependimento:
(BT) – Não ter visitado mais vezes Chico Xavier. Só o vi, fisicamente, e, desta forma, interagi com ele, apenas duas vezes, nesta encarnação – uma em 1990 e outra em 2002, semanas antes de seu desencarne.
(TB) – Principal qualidade em uma mulher:
(BT) – Devoção.
(TB) – Em que situação vale a pena mentir?
(BT) – Para preservar pessoas e suas reputações. Houve engraçadinhos que tentaram quebrar o sigilo de consultório comigo, a respeito de quem não gosta de mim. Guardei segredos comigo, até de pessoas que, surtadas em seus interesses pessoais, não eram mais minhas amigas.
(TB) – Um lugar inesquecível?
(BT) – O palácio-templo a que sou levado, com certa frequência, para conversas mais longas e delicadas, com a mestra espiritual Eugênia. Até hoje, é-me de certa forma enigmático se se trata de um lugar efetivo no domínio extrafísico de vida, ou apenas de uma construção imagética da mente prodigiosa de nossa honorável Eugênia.
(TB) – Em que situação você perde a elegância?
(BT) – Se alguém começa a falar mal de um amigo meu, diante de mim. Já perdi a compostura – e não poucas vezes – até em público, por esta razão.
(TB) – Traição é perdoável?
(BT) – Sexual, nos relacionamentos conjugais, julgo que sim. Pode ser uma fraqueza psicológica. Já passei pela posição de vítima deste problema inúmeras vezes, em relacionamentos antigos (Delano foi impecável e Wagner o é hoje, neste sentido), e sei que não é tão sério. Já a deslealdade, o atraiçoamento da confiança de amigos e companheiros de ideal, pelas costas, revela a falta de caráter de um indivíduo.
(TB) – O que você faria se não fosse proibido?
(BT) – Comeria todos os meus pratos preferidos supergordos, todos os dias (risos).
(TB) – Qual a sua maior realização?
(BT) – Ser o canal do Ser de Luz Eugênia.
(TB) – Um sonho de consumo a realizar?
(BT) – Morar numa casa distanciada do ambiente urbano.
(TB) – Uma frase:
(BT) – Do Espírito Eugênia: “A felicidade não é só seu direito – é seu dever ser feliz; pelo único meio que há a fazê-lo, duradoura e efetivamente: servindo à felicidade de seus semelhantes.”
(*1) Esta entrevista foi publicada no Caderno Thaïs Bezerra, do Jornal da Cidade, de Aracaju-Se, edição dos dias 3 e 4 de janeiro de 2010, em versão ligeiramente reduzida.
(*2) Remetendo a outro ícone imortal e emblemático, Marlene Dietrich, musa-deusa do cinema antigo, é assim que é conhecida a ultraprestigiada jornalista, lenda viva do colunismo social sergipano: Thaïs Bezerra, com inacreditáveis 31 anos de carreira, geminados (ninguém sabe como) a um corpo-escultura de adolescente. Políticos, empresários, acadêmicos, VIP’s de todas as categorias reverenciam a poderosíssima “Blonde”, que passa incólume a todas as crises, sempre irradiando alegria, otimismo e fé. Como diz nosso líder, canal do Espírito Eugênia, Benjamin Teixeira: “Médium mística do inconsciente coletivo de Aracaju, Thaïs é uma prova viva de como se pode ser canal do bem em qualquer latitude profissional, encarnação rara de lealdade aos amigos e de determinação pessoal inamovível”. Thaïs publica, desde 2005, semanalmente, notas sobre o Instituto Salto Quântico. Aqui passarão elas a ser também trazidas a lume, para que o Brasil e o mundo conheçam a mulher que mudou a face social e emocional da capital de Sergipe d’El Rey, “Coração do Coração do Mundo”, com seu famoso jargão: “Aju é um baile, com chuva ou com Sol”.