Thaïs Bezerra
Tim-tim! No último domingo, o orientador espiritual Benjamin Teixeira de Aguiar e seu esposo Wagner de Aguiar celebraram 11 anos de seu casamento. Eles realizaram a cerimônia social e espiritual em 2009 e, em 2013, no mesmo dia e mês (21/06), formalizaram o consórcio no civil, poucos meses depois de o CNJ reconhecer o matrimônio homoafetivo. Sobre isso, disse Benjamin: “Espiritualidade sem humanidade e autenticidade nunca seria espiritualidade genuína, mas hipocrisia crassa disfarçada de religiosidade. Por isso, julguei devido tornar público meu casamento com uma pessoa do mesmo gênero, em defesa de minorias oprimidas em seus lares, no meio estudantil e até nas igrejas. O que chocou alguns(umas) é exatamente o que mais me qualifica ao serviço que presto com essa exposição: o fato de meu perfil psicológico e minha função de orientador espiritual não corresponderem aos estereótipos que depreciam e marginalizam cerca de 50% da população terrena, já que 10% das pessoas seriam homossexuais e 40% estariam em graus variados de bissexualidade, conforme o mais antigo relatório científico sobre o assunto, publicado em 1948(!) por Dr. Alfred Kinsey.” E finaliza, com gravidade: “Suicídios e homicídios acontecem diariamente por causa da LGBTfobia, em números alarmantes, por todo o mundo, e isso está muito longe de terminar.” Na imagem, Benjamin e Wagner em Paris, em visita ao Santuário de Nossa Senhora das Graças, no final de 2019.
Nota publicada pela jornalista e colunista Thaïs Bezerra, em sua revista semanal no Jornal da Cidade, edição de 28/06/2020