Benjamin Teixeira de Aguiar
pelo Espírito Anacleto.

A crença de que Deus, o Ser Todo-Amor, criaria Seus filhos e filhas para uma desgraça eterna não só é falsa, como blasfema, rebaixando o Ser Supremo do Universo a um grau de vileza e mesquinharia bem abaixo do nível médio de sentimentos e moralidade de um pai ou uma mãe humanos, já que, com Sua Onisciência, o(a) Criador(a) teria, obviamente, total pré-ciência sobre qual de Suas criaturas escolheria o caminho do amor e do bem e quais optariam pelo mal.

A Bíblia é um conjunto de livros sagrados, e, por isso mesmo, deve ser interpretada com muito cuidado. Há conceitos que, aplicados literalmente, levar-nos-iam de retorno à era da barbárie no trato com mulheres, médiuns e homossexuais, por exemplo. Todos os cristãos atuais já conferem suavizações às palavras de Paulo de Tarso, quando o apóstolo determinava que as mulheres obedecessem a seus maridos, asseverando que elas não passariam de corpo para a cabeça que seus consortes representavam. Por que, entretanto, a aplicação deixa de ser adaptada e torna-se literal, quando se trata da condenação da homossexualidade, que foi igualmente circunstancial, em termos históricos e culturais, e exarada à mesma época da discriminação contra as mulheres? Há um juízo de valor, portanto, eivado de pré-julgamentos, e da pior natureza que os pressupostos podem adquirir, ao olvidarem o paradigma por excelência do Pensamento do Cristo: amor a todas as criaturas, sem distinção, e condenação às hipocrisias de quaisquer ordens, sobremaneira as de cunho religioso.

A qualificação “eterno” aplicada a “inferno”, ínsita nos Evangelhos, nos idiomas neolatinos, por exemplo, provém de uma palavra grega cujo significado é: “de longa duração”; ou seja: “um sofrimento de longa duração”, quanto se faça necessário, para que o indivíduo, livremente, busque se desatar da dor, pela correção de uma deficiência psicológica ou conduta malevolente. Corrigida a falha, a “punição” desaparece, como qualquer autoridade judicial terrena, e não apenas mães e pais humanos, compreenderia justo e devido… quanto mais o Ser Sabedoria Absoluta!

Médiuns e reencarnacionistas, da mesma sorte, são incompreendidos e injustamente acusados de serem movidos pelo mal, por questões elementares de exegese dos escritos mais antigos da tradição espiritual cristã. O Cristo chegou a afirmar categoricamente que João Batista era Elias que voltara, e o Próprio Jesus realizava fenômenos mediúnicos a todo momento: de cura, de diálogo com os seres sofredores do mundo espiritual (os “demônios” – vocábulo oriundo de um verbete grego que significa “espírito”); de manifestação dos seres sagrados da mesma realidade extrafísica de Vida (a materialização de Moisés e Elias no Monte Tabor); de materialização (os episódios de multiplicação dos pães e dos peixes)…

Cabe lembrar o que o Cristo afirmou, severamente, sobre pessoas que acusam de estar conduzido por uma força do mal quem esteja, em verdade, sob a inspiração de um Espírito Santo (capítulo 1º das anotações de Marcos): que esses irmãos infelizes (e nem sabem quanto) cometem um “pecado sem perdão” – isto é, o mais grave erro em que alguém pode incorrer: blasfêmia!

E se, diante de assertivas tão fortes que aqui traço, alguns continuarem apegados a pontos de vista contrários (que não podem ser cristãos, porque não fundamentados no Amor), sugiro revejam sua perspectiva, enquanto é tempo, advertindo-os de que resistentes também foram muitos dos religiosos à época e cultura em que o Mestre Supremo nasceu: os saduceus e fariseus, a quem Ele denominava de “raça de víboras, sepulcros caiados, brancos por fora, cheios de podridão e rapina por dentro”.

Fiquemos vigilantes, por fim, em relação às falsas doutrinas e falsos profetas, como, outrossim, alertou-nos gravemente a Voz da Verdade sobre a Terra, antecipando-nos: falariam em nome d’Ele, sem, de fato, estarem por Ele autorizados. “Lobos em pele de cordeiro”, assim os alcunhou o Cristo; “cegos condutores de cegos”, pronunciou-Se também, concluindo: “cairão todos no barranco”. De si mesmos, nada sabem sobre Espiritualidade. Repetem o que ouvem em suas escolas de teologia ou em suas igrejas, presos a interpretações literais e adulteradas de textos sagrados, assim como o faziam os religiosos ao tempo de Jesus, que O perseguiram e mataram. Não fazem a menor ideia do risco que correm, não só para depois da morte do corpo biológico, mas nesta mesma vida física que ora desfrutam, dado o padrão de energia e sintonia que estabelecem para si, atraindo toda forma de desastres existenciais em sua direção, por se oporem a movimentos que têm a Assinatura de Deus: os que propõem a confraternização de todos os povos e criaturas, os que pregam o respeito e o amor às diferenças entre personalidades e caracteres, os que fomentam a evolução da consciência de indivíduos e coletividades.

São essas pessoas atormentadas e medíocres, pouco lidas ou pouco inteligentes, pouco profundas ou mesmo perversas, mal resolvidas em seus conflitos ou simplesmente mesquinhas, que depõem fortemente contra os legítimos representantes da Espiritualidade, dentro ou fora de religiões convencionais, cooperando, diabolicamente, com o alastramento de uma epidemia de ateísmo e materialismo, entre os que, apenas por saberem ponderar e perceber um tanto além do ramerrão da ignorância crassa, compreendem que há contradições óbvias em tais preceitos prenhes de obsolescência medieval e preferem abominá-las a compactuar com tão evidentes deturpações. Nesta era de civilidade e liberdade responsável, em que as garantias de ir e vir, pensar e agir, conferidas aos seres humanos, são defendidas por instituições oficiais do próprio Plano Físico de vida, nas nações democráticas do Ocidente, jamais poderiam ser contraditadas tão nobres expressões e conquistas evolutivas, muito menos por uma Esfera necessariamente Superior de Consciência: A que Mana diretamente d’O(A) Criador(a).

(Texto recebido em 7 de janeiro de 2013.)

 

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Se você está fora de Sergipe, assista, gratuitamente, às postagens das palestras públicas do Instituto Salto Quântico, com Benjamin Teixeira de Aguiar, dias após a sua realização, aqui mesmo, em nosso site. Você também pode assistir ao vivo, mediante colaboração simbólica, todos os domingos, a partir das 19h15 (horário de Aracaju) – incluindo um canal com tradução simultânea para o Inglês. Ou, se estiver em Aracaju e Região Metropolitana, seja bem-vindo(a) à participação presencial, no Iate Clube de Aracaju, com ministração de passes iniciando-se às 18h55.