Boletim da Visita de MARIA Cristo 2019¹ – 6
Novamente estava diante do mesmo caramanchão a que, no correr dos anos, esporadicamente sou conduzido, para encontros com Vultos Excelsos. A voz meiga e, a um só tempo, firme de Eugênia-Aspásia ecoou-me à acústica mediúnica. Ato contínuo, passei a vê-la. Sem rebuços, disse-me:
– Sente-se, por gentileza. Há mais alguém a conversar com você hoje. Não se demorará. Ela é antiga conhecida sua, no campo da devoção e da fraternidade na fé. Aproveite o valor dos minutos. Nossa visitante celeste é extremamente ocupada e não poderá se estender longamente no contato. Respire fundo algumas vezes, mantenha-se em prece.
Obedeci, com alegria n’alma, ante a expectativa do momento precioso. Como, no Mundo Espiritual, certas informações nos chegam antes pela mente (o que se pode denominar de intuição) do que por outros “sentidos mediúnicos”, tinha uma ideia sobre quem poderia ser a tal figura importante, embora não fosse segura essa minha impressão íntima.
Estava cônscio, todavia, de que me fora dado desfrutar de oportunidade como aquela em virtude apenas da dimensão e significado da Obra da Mestra Espiritual Eugênia-Aspásia, no Brasil e no mundo, em Nome de MARIA Cristo e da Espiritualidade Sublime, e não por qualquer qualificação de minha pessoa. E essa consciência me acentuava o sentimento de respeito e gratidão.
Decorridos poucos minutos, uma massa luminosa mais intensa se formou diante de mim, e uma agradabilíssima forma feminina, que exalava forte vibração de santidade, delineou-se gradativamente. Temi quebrar a experiência, com uma eclosão de emoções. De pronto, sem aparecer-me diretamente, Eugênia-Aspásia voltou a me instruir, de modo direto e claro, com voz calma mas incisiva:
– Esforce-se por conter as emoções, para não quebrar a concentração e arruinar o ensejo de comunicação. Foque a atenção na esfera do sentimento de dever a cumprir.
Recompus-me imediatamente. A essa altura, a dama luminosa, que apresentava caprichosa cabeleira loura, envolta, com discrição, em alvinitente véu rendado, saudou-me com seus delicados olhos claros, e percebi, de imediato, que Eugênia-Aspásia, não obstante mais uma vez fora de meu campo de psicovidência, facilitava a tradução mental do diálogo que se estabeleceria, porque a interlocutora queria se fazer mais humana, expressando-se em palavras, apesar de não dominar o português, como também não falo o francês, que ela utilizou em sua última encarnação.
Meu pressentimento havia-se concretizado: Eugênia confirmou tratar-se da venerabilíssima vidente Catarina Labouré, a santa que trouxe ao mundo a Mensagem de Nossa Senhora das Graças, na Paris de 1830.
Estava paralisado de estupefação. Com extrema singeleza e simplicidade, sem o menor laivo de afetação, ignorando inteiramente meu estupor, rompeu ela o breve silêncio que se fizera entre nós:
– Nós somos irmãos em devoção a Nossa Mãe Maria Santíssima. Tenho grata satisfação em estar com você…
Novamente a comoção ameaçou interromper-me a vivência. Senti ânsias de cair de joelhos aos pés de uma das mais nobres e elevadas Representantes de MARIA Cristo para a Terra. Eugênia-Aspásia novamente me socorreu, pela psicoaudiência:
– Vigilância! Atenção ao dever! Basta responder com educação. Ela não está sendo modesta – é genuinamente humilde: quer que você a trate como irmã.
Após me recompor, desta vez com mais esforço, atendi com mais presteza, para reduzir o perigo do aflorar das emoções, respondendo:
– Seja bem-vinda, tão adorável irmã em Ideal Mariano! Não tenho como expressar a gratidão por a senhora haver canalizado, para o mundo, a notícia de que a Mãe da humanidade dispensa graças, a mancheias, a quem Lhas pede.
Santa Catarina restringiu-se a dizer:
– Fui a primeira a ser agraciada.
– Estou às ordens, para transmitir qualquer mensagem que a senhora deseje comunicar, por meu intermédio – consegui articular, com certa rapidez, ainda no empenho de me desviar das fortes emoções que ameaçavam vir à tona.
– “Gostaria que o prezado irmão dissesse às pessoas que nos honram com sua atenção: a Mãe Celeste, Mãe de Jesus e Mãe de todos(as) nós, deseja que foquemos a atenção de nossas almas na Maternidade Divina, que Ela representa para a humanidade. A devoção a Ela, Maria de Nazaré, é necessária, porque muita gente ainda precisa, na Terra da atualidade, de uma Imagem antropomórfica de Deus, e essa Imagem deve ser também Maternal-Feminina, e não apenas Paternal-Masculina, como a de Nosso Senhor Jesus – ou estaríamos restringindo o Ser-Sem-Limites.
Por isso, Maria Santíssima Se oferece para servir de Refletora Viva da Mãe Maior: Deus-Mãe!… solicitando, contudo, que fique muito bem registrado que Ela não é a Fonte Fundamental das Graças, mas sim Deus-Mãe, que é Nossa Senhora das Maravilhas em Transbordamento!… – declarou, em tom poético e profético, reiterando palavras de Eugênia-Aspásia sobre a mesma temática, enunciadas em meados da década passada.”
– Mais algo a dizer?
– Satisfeita, filho-irmão. Ver-nos-emos em breve, no Evento da Visita d’Ela. Comporei a comitiva de Nossa Mãe Sacratíssima. Que Ela, em Nome de Deus-Mãe, cubra-o com Suas infinitas graças, e a todos(as) que o ouvem ou leem.
Agradeci, reverente. Eugênia-Aspásia tornou a se introduzir no quadro psíquico, com seu habitual semissorriso, parabenizando-me com o olhar, por eu não haver bloqueado a experiência com uma inundação de emoções. A partir daí, notei as imagens das duas Emissárias de MARIA, Catarina e Eugênia, junto à do caramanchão, diluírem-se, célere e concomitantemente, ante meus “olhos espirituais”.
Estava de volta ao estado “ordinário” de consciência, vendo apenas a realidade física em torno de mim. E eis aqui o relato que as duas grandes videntes de Maria Santíssima me pediram partilhasse com vocês, dentro deste período em que Ela Se aproxima da crosta terrestre.
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
em diálogo com Catarina Labouré e Eugênia-Aspásia (Espíritos)
17 de julho de 2019
1. Iate Clube de Aracaju, 4 de agosto, 19h, entrada franca (donativos proibidos). Transmissão ao vivo por nosso canal YouTube.
“Eu vou!” – Evento da Visita de MARIA Cristo 2019