(Se você ainda não leu a nossa news-letter anterior ou a última mensagem postada no site, remetidas nesta madrugada – as que dão notícia do prodigioso Fenômeno do Sol, leiam-na primeiramente: uma ou outra –, para poder compreender a carta que se segue.)
por Benjamin Teixeira
Queridos amigos e admiradores de Nossa Escola de Pensamento:
Venho, por meio desta – procurando ser o mais sucinto e direto possível –, pedir-lhes o préstimo especialíssimo de suas orações intercessórias.
Apesar de já não poder, de há muito, nutrir dúvidas sobre as Manifestações Marianas, pela minha experiência de 21 anos de contato sistemático com a sábia Orientadora Eugênia – que As endosssa, veementemente, desde que o Fenômeno do Sol aconteceu –, venho-me percebendo presa de fortes apreensões morais. Continuo me julgando – porque de fato sou – uma personalidade extremamente comum, prenhe de limitações e defeitos inteiramente normais; inserida, todavia, no cerne de uma vivência mística de elevadíssimo teor e relevância. Entrementes, como, em contrapartida, suponho ser dotado de um mínimo de bom senso e responsabilidade, estou-me angustiando deveras com as implicações. Tenho dormido muito pouco (menos do que me já é habitual, agora por volta de 3h por noite), e, ao acordar, preciso processar graves reflexões, em meio a agudo pedido de socorro à Espiritualidade Sublime, para minha sofrível condição espiritual.
Hoje, por exemplo, segundo dia depois do Grande Evento, despertei-me envolto em estranha atmosfera de sonho, em que via a figura desagradável de Adolf Hitler, mais humanizada, mas também mais patética, infantil e atoleimada. De pronto, soube tratar-se, simbolicamente, de uma representação de mim mesmo, pelas vozes do meu inconsciente. A sensação era de profunda derrota moral.
Após os primeiros 45 minutos de preces, sobre esta imagem que me acordou, veio-me a lembrança (inspirada por algum Bom Espírito) de que, exatamente na minha idade, próximo de completar 39 anos, Madre Teresa de Calcutá padeceu fortíssima experiência mística, em que viu “um Hitler” dentro dela – evento psíquico este que lhe provocou o início da obra fabulosa de caridade que a celebrizou. “Curiosamente” – sussurrou-me, a esta altura de minhas rememorações, uma voz dúlcida e feminina –, “ela também já vivia imersa na vida religiosa, como professora, há mais de vinte anos, quando lhe ocorreu esta vivência íntima de ruptura paradigmática”.
Mal houvera concluído suas palavras, eclodiu em minha tela mental a imagem d’outra figura famosa da história cristã: Teresa d’Ávila, Santa Teresa “A Grande”, mística e intelectual espanhola do século XVI. A voz prosseguiu: “A inolvidável devota de Jesus, também aos 39 anos aproximados, após igualmente 20 anos de devoção religiosa, sofreu colapso psicológico e se decidiu por romper com a futilidade e negligência em que os hábitos conventuais de seu tempo jaziam mergulhados, para dar início à obra de renovação da metodologia devocional da época, fundando, pessoalmente, 17 conventos, amiúde, estoicamente, atravessando, a pé e sozinha, já uma senhora, regiões inóspitas, no meio da madrugada.”
Compreendi imediatamente o que me quis dizer a voz cândida e profunda de nossa adorada Eugênia. Se as duas Teresas – que eram, genuinamente, figuras santas – atravessaram crises similares de questionamento de si mesmas, no primeiro momento de um passo mais grave a ser dado, em suas existências dedicadas aos seus semelhantes, para que adentrassem uma nova fase de crescimento interior e, por conseguinte, de realizações externas ao bem comum, por que eu, tão precário em todas as manifestações morais de virtude e devotamento, não sofreria crise de amadurecimento similar, no meu caso muito mais necessária?
Reforçando, por isso mesmo: muito agradecido ficaria, confiando-os à Maria Santíssima, pelo obséquio inapreciável de suas orações, em favor de minha sofrível personalidade humana, para que eu cometa menos erros e acerte mais, em mister gravíssimo, como o de que me vi encarregado, pelas Potestades do Céu, sem compreender por que fui escolhido, mas sem me permitir questionar muito – como deveras fiz outrora –, de modo a não me sentir incorrendo no equívoco da soberba (no meu entender, um erro mais de lógica que de espiritualidade), pretendendo questionar os desígnios de Deus.
Irmão em Cristo, Jesus e Maria Cristo,
Benjamin Teixeira,
Estância, Sergipe (concluindo hoje meu retiro espiritual), 3 de julho de 2009.
Atenção:
Logo abaixo, há um arquivo disponibilizando um vídeo histórico de 1994 de nosso programa de televisão.
Nos próximos dias, estaremos trazendo a lume artigos (psicografados ou inspirados), além de vídeos históricos da Instituição.
Não sabemos por quanto tempo isso se dará, mas é garantida, no mínimo, a publicação de um arquivo, por dia, neste nosso sítio eletrônico da internet, seja ele em vídeo, apenas áudio ou tão-só texto escrito.
Benjamin Teixeira
Estância, Sergipe, 1º de julho de 2009.