Conheci um camarada que dava tudo de si para:
1. Ficar fisicamente em forma e satisfazer a garota sexy com quem queria estar.
2. Agradar o chefe e receber promoções no salário – ou ao menos garantir o emprego.
3. Estudar para conquistar títulos acadêmicos que o beneficiassem no mercado de trabalho.
Todavia, não gostava de orar, ler ou refletir sobre assuntos de Espiritualidade, nem de se dedicar a atividades ou comportamentos fraternos que o fizessem sair um pouco de sua fixação egocêntrica, dizendo-se invariavelmente sem concentração, sem fé, sem ânimo, sem interesse para as coisas do Espírito ou do Coração…
Passados alguns anos, encontrei-o:
1. Enfermo e sem a “mulher-avião” que ostentava a seu lado.
2. Subempregado e malremunerado, numa atividade fora de sua vocação.
3. Com fama de medíocre, por portar títulos que não condiziam com sua demonstração de competência profissional.
4. Sem amigos(as) verdadeiros(as) ou familiares que o amassem.
5. E, principalmente, muito infeliz…
Para completar o macabro de sua situação, por trágica ironia e peça pregada contra si mesmo, também estava revoltado, perguntando-se, sem se dar conta da blasfêmia que proferia, onde estivera Deus durante aqueles anos de decadência progressiva… que não o protegera de tantos infortúnios, inteiramente alienado do quanto sempre havia posto a Divindade em segundo plano em sua vida…
Desencarnou prematuramente envelhecido, alcoólatra, empobrecido, detestado por alguns(umas), esquecido da maioria… E, pela revolta a que se confiou, sem maturidade psicológica para assumir a responsabilidade por suas escolhas de destino, desceu a uma região infernal da dimensão extrafísica de existência… onde permanecerá, por tempo indeterminado, movido pela teimosia de sua atitude de “vítima sofrida e abandonada”…
Lá, seres viciosos e perversos, piores ainda que ele, conforme a lei vibratória de afinidade e atração, estimulam-lhe o pior, numa diabólica hipnose coletiva, reciprocamente mantida… por anos, decênios… e, para alguns(umas), por pavorosos séculos…
Estou esperançoso de que, dentro dos próximos 20 anos, o instituto salvador da reencarnação lhe venha a subtrair da loucura a que voluntariamente se entregou…
Renascerá padecendo uma série de limitações dolorosas que lhe favorecerão começar tudo novamente, da estaca zero, mas com chances maiores de acerto…
O êxito, porém, não é garantido, em virtude do inviolável princípio de livre-arbítrio que Deus-Sabedoria determinou às criaturas em nível hominal de evolução.
Vejamos se, desta vez, o velho conhecido se poupará de tão atroz sofrimento, perfeitamente evitável, gerado pelo orgulho de não admitir os próprios erros, geminado ao egoísmo feroz e à preguiça de se desenvolver espiritualmente…
Gustavo Henrique (Espírito)
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
31 de maio de 2018