(Sobre o Preconceito)
Joana d'Arc (1412-1431), um dos maiores gênios militares de todos os tempos, aplicou técnicas de guerra, com soldados não-profissionais, que somente Napoleão Bonaparte – outro gênio militar dos maiores da História , conduzindo soldados treinados, tornaria a aplicar e superá-la, tão-só quatro séculos mais tarde.
Médium extraordinária, conseguiu romper o padrão hipnótico da doutrinação religiosa e cultural que recebeu (medieval – literalmente), para seguir e fazer o impensável.
Mulher, analfabeta, adolescente, gay, interiorana, ela saiu de seu vilarejo, para salvar uma França em frangalhos, pela famosa “Guerra dos Cem Anos”, revertendo a linha histórica dos acontecimentos e se tornando patrona e alicerce para a composição emocional e psíquica da pátria francesa, tudo realizando (pasme-se!!!) entre seus 14 e 17 anos, voltando, por fim, martirizada publicamente, orando destemida, entre as labaredas que lhe lamberam e aniquilaram o corpo físico, para o Lugar d’Onde veio, a ficar junto à comunidade dos gênios-anjos, como ela, que nunca permitem, não importando as circunstâncias de pressão e perseguição externas que sofram, que seja calada sua voz interior.
Benjamin Teixeira
(legendas explicativas) e
Espírito Irmão Lucas.
Prezado jovem: você já foi a uma festa e a moça que lhe despertava o interesse de rapaz desprezou-o, porque você não apresentava a vestimenta “adequada” (da perspectiva dela) ou não conduzia seu próprio veículo automotor, conforme ditado pela moda?
Estimada jovem: você já esteve num ambiente público e se sentiu preterida, por aquele moço que lhe despertava os sonhos de menina-moça, porque seu corpo não apresentava ancas “suficientemente” largas ou seios “fartamente” salientes?
Irmã em Cristo: você já foi observada de esguelha, por seu chefe, por ele não ver em você um camarada homem, perdendo, com isso, oportunidade importante de promoção, no exercício de sua profissão ou no seio acadêmico, apesar de suficientemente qualificada, bem mais que aquele colega de sala que saía ao final do expediente de sextas-feiras, para uma cervejinha, com o mesmo chefe que lhe menoscabou o talento?
Irmão em Nossa Senhora: você já foi observado com desdém e suspeita, por sua esposa, porque foi direto e transparente, objetivo e lógico, em sua exposição de motivos, durante uma discussão de casal, como um homem costuma agir, em vez de ser suave e diplomático, tecendo “mentiras” elegantes, na arte de dizer por eufemismos o que você exprime por substantivos sem adjetivações, por não ser delicado e psicológico, como mulheres hétero e homens gays costumam abordar questões melindrosas?
Você já se notou tratado de modo diferente, para pior, por portar menos dinheiro, educação, beleza, influência, prestígio, inteligência ou poder? Passou-lhe à cabeça, em algum momento, que o tratamento inferior que lhe foi dirigido era decorrente de alguma característica secundária de sua personalidade (aqui, na acepção de corpo físico e circunstância social), e não essencial: de seu espírito, sua verdadeira identidade?
Pois bem, se você disse “sim” a qualquer uma destas minhas indagações, sofreu preconceito. É bem verdade que talvez você viva em uma circunstância que o(a) proteja de perceber quanto padece discriminação. Por esta razão, você talvez deboche ou faça pouco caso do tema. O tempo, porém, far-se-á seu amigo, porque a idade avançada, tornando-o decadente, física e/ou mentalmente (quando as cirurgias plásticas e os exercícios mentais não mais surtirem efeito), a obesidade, enfermidades as mais variadas, o desemprego, a falência, o divórcio ou um acidente mutilante (que, inevitavelmente, um ou vários deles lhe ocorrerão em várias fases de sua vida) cedo ou tarde fatalmente lhe resolverão esta limitação perceptiva. E você então, de modo inapelável, virá a concordar conosco.
Não é por outra razão que homens bonitos heterossexuais, inteligentes e instruídos, jovens e nascidos em famílias abastadas, costumam ser, na melhor opção, imaturos e antipáticos; não sendo raro encontrá-los convertidos em monstros de perversão e cinismo. E, muito embora haja exceções (para não pecarmos aqui por preconceito, também), como almas nobres que descem a firmar magníficas lições em situações-limite, não encontraremos amiúde um Buda (o Sidartha Gautama foi uma exceção, na exata contingência existencial que acabamos de delinear) surgido de uma tal conjuntura de vida. Nada contra homens belos, jovens, inteligentes e ricos, que se atraem sexualmente por mulheres. O problema está no ser humano, que tende a degenerar, sempre que favorecido, excessivamente, pela “sorte”. Somente a virtude heroica dos seres muito amadurecidos, no carreiro evolutivo, triunfa em meio ao excesso de facilidades debilitantes do caráter e da personalidade.
Por outro lado, vasculhe, na memória, o que acontece a quem sofre repressões, discriminação, injustiças e ataques gratuitos, desde o berço. Tendo lucidez para perceber, ao menos parcialmente, o tamanho do desfavor que padece, ou enlouquece no desespero, no desequilíbrio e na revolta, ou se engrandece, amadurecendo e “iluminando-se”, muito além da média coletiva.
Medite em torno da biografia dos grandes homens e mulheres, líderes e expoentes, em suas respectivas categorias de atuação e saber. Notará azes de autossuperação, de vitória em meio ao desastre e à penúria, de sobrevivência a desertos causticantes da alma, de transcendência do inexorável e realização do aparentemente impossível.
O preconceito, amigo(a), é a desgraça e a graça, simultânea e paradoxalmente, que aflige toda criatura na Terra.
O sotaque arranhado do Nordeste feriu a “sensibilidade” auditiva dos aristocratas na capital do Império e da República nascente, na fonética “rústica” de José de Alencar e Ruy Barbosa, Castros Alves, Bezerra de Menezes e Bittencourt Sampaio. Os modos “caipiras” de falar não lhes impediram, porém, de gravar marcas indeléveis na literatura, na política, na religião e na música pátrias, soterrando, no esquecimento, os mesmos críticos de salão que lhes caçoavam pelas costas.
A condição feminina parecia solapar, numa era mais do que dominada por homens, figuras brilhantes de criatividade e sentimento, como as brasileiras Chiquinha Gonzaga e Cora Coralina, bem como as francesas George Sand e Sarah Bernhardt. Seus detratores e inimigos, no entanto, mal conseguiram notas de rodapé, na história de suas respectivas áreas artísticas. O pensamento e a obra destas mulheres ultratalentosas, em contrapartida, continuam conosco, até esta data, influenciando-nos o modo de sentir e ver o mundo.
A mestiçagem de raça, dando maior tônus de coloração à pele e maior resistência aos cabelos, em vez de abater, pareceu propelir às estrelas, os vultos famosos de Machado de Assis, no Brasil; e, na terra de Tio Sam, o atual Presidente Barack Obama – o primeiro se destacando como um dos maiores escritores do idioma Português, ainda em vida, no seio de uma sociedade, à época, escravocrata; e o segundo havendo-se sagrado, historicamente, o primeiro presidente negro da história norteamericana, apenas quatro décadas após um “irmão de cor” ter caído assassinado-martirizado, publicamente, por defender o direito humano, acima das diferenças naturais de concentração de melanina na epiderme.
A homossexualidade parecia um horror inapelável, mas se fez, na imensidão de uma angústia sem-fim, o palanque e a catapulta da glória, para o inglês Oscar Wilde e o francês Arthur Rimbaud, tanto quanto para os gregos Platão, Sócrates e Aristóteles, o segundo condenado a ingerir a famigerada cicuta, por “perverter” a juventude, em lhes estimulando a prática da pederastia – a relação de homens mais novos com mais velhos, para aprofundar o relacionamento entre mestres e discípulos, a benefício destes últimos, que mais receberiam estímulos ao amadurecimento psicológico e ao aprendizado intelectual. O gênio destes homens, entretanto, repercute, quais explosões atômicas intemporais, tamanha a influência, sobretudo dos três gregos, que gozam, ainda em nossos dias, em todas as nações da Terra, de modo subliminar e universal.
As poucas letras (ambos com apenas os quatro primeiros anos do ensino fundamental conclusos) não impediram que os gênios, respectivamente, mediúnico e estadista, de Chico Xavier e Luís Inácio Lula chegassem à sagração popular no Brasil e além-fronteiras, o primeiro psicografando mais de quatro centenas de livros, de toda ordem de assuntos, dos mais científicos aos mais prosaicos; e o segundo, de liderar uma massa de insatisfeitos durante décadas e chegar à Presidência da República, com tanto sucesso, que não só se elegeu uma, como duas vezes, ao cargo máximo do poder público no país, chamando atenção do mundo, com seu carisma e brilho ímpares, não só para ele, como para a nação que lidera, conduzindo-a, com maestria, à condição de uma das lideranças mais estratégicas do planeta, na atualidade, na direção de concretizar a profecia do outro gênio “inculto”, o maior médium do século XX, Chico Xavier, no clássico trazido a lume em 1938: “Brasil, Coração do Mundo, Pátria do Evangelho.”
Por fim, como síntese humana máxima da autossuperação sob pressão ingente e de realização infinita, em meio a obstáculos supostamente intransponíveis, temos o gênio ímpar e multifacetado, que era ao mesmo tempo alma santa e herói intimorato, o líder único que integrou uma nação esfacelada, que era, simultaneamente, general incomparável e médium invulgar, líder espiritual e revolucionário dos costumes. Jovem demais para assumir um cargo de comando, conduziu, ainda adolescente, uma nação inteira, enfeixando, em si, a nata de todas as possibilidades existentes de preconceito assassino, atraindo, para si, por conseguinte, toda ordem de ódio homicida. Como era de se esperar, subtraíram-lhe, por fim, a vida física, em campanha nefanda de perseguição injusta, movida pelos seus próprios beneficiários ou por eles criminosamente ignorada, aos apenas 19 anos de idade, após haver já concluído uma missão messiânica, ante seu povo, a ponto de, historicamente, constituir o herói formador de uma nação (praticamente inexistente antes dela), queimada em praça pública, sob apupos populares, na própria pátria que ela libertou do jugo estrangeiro, após cem anos de submissão e devastação. Falo, como já deve ter ficado bem claro, do ser que sofreu todas as perseguições discriminatórias mais cruentas e mesquinhas: sendo grande general, era mulher; sendo mulher, exigiu trajar-se de homem; sendo católica, declarava, aberta e publicamente, ouvir e ser conduzida por vozes espirituais; sendo líder espiritual, liderou uma guerra sanguinária; analfabeta, orientou os homens doutos do seu tempo, num assunto de Estado que parecia irresolúvel; camponesa, dirigiu-se à cidade grande, direto para o destaque e o sucesso; pertencente a uma nação derrotada por uma guerra secular, deu início à reversão de um quadro que parecia irreversível, assentando a base de uma das mais influentes nações de todos os tempos; sendo, por fim, uma devota impoluta, escandalizou multidões com a ideia de que deveria obedecer a sua natureza individual, contra ditames dos costumes e da sociedade, e, portanto, bem antes de George Sand (ela mesma já uma precursora do individualismo, que só nos últimos decênios prospera nas nações pós-industriais), lutar pelo direito de manifestar, por fora, quem ela era, genuína e singularmente, por dentro: o gênio-mulher-gay-general-líder-médium-santa Joanna d’Arc.
Seu preconceito, cara amiga, prezado amigo – faça dele o que achar melhor: glória para seus passos e seu legado de vida ou desgraça para suas lamúrias ociosas e suicidas. A escolha é sua. Não se sinta vítima, então, e transforme o derrapão que padeceu em trabalho de soerguimento, por meio do qual desenvolverá virtudes que nem sonhava poder edificar, portas adentro de seu psiquismo, dilatando aptidões que nunca imaginaria poder um dia possuir.
Enquanto isso, relegue a felicidade vazia para os medíocres amolentados nas facilidades da vida, que um dia dirão, a si mesmos, enfastiados pela repetição tediosa de conquistas sem merecimento pessoal: “Onde está mesmo a minha antiga felicidade?”, para notarem, espavoridos, talvez tarde demais, que perderam a existência inteira, hipnotizados por miragens passadiças, que se perderam nas brumas do passado, ante um futuro sombrio de vazios impreenchíveis…
(Texto recebido em 12 de outubro de 2009.)
“Em que idioma preferis que vos fale?”, tomou o púlpito da conferência de Haia, em 1907, o ínclito compatriota e baiano Ruy Barbosa de Oliveira (1849-1923), assombrando a plateia douta, que lhe recebera, em princípio, com desdém, por provir do Brasil. Mereceu a alcunha de “A Águia de Haia”, por sua espetacular retórica. O também baiano Castro Alves (1847-1871) morreu com incríveis apenas 24 anos, para ter deixado a marca que imprimiu na alma nacional, com seu militante e revolucionário abolicionismo literário. Os cearenses José de Alencar (1829-1877) e Bezerra de Menezes (1831-1900) tocaram o coração brasileiro, o primeiro com seu romantismo quase ingênuo; o segundo, com sua militância humanista e espírita, no seio da política e da sociedade imperial. O sergipano Bittencourt Sampaio (1834-1895), compondo, com Carlos Gomes, a inesquecível modinha “Quem Sabe?”, de 1858, foi jornalista brilhante no Rio, e, segundo Chico Xavier, no livro Voltei, reside, na Espiritualidade Sublime, em nível espiritual superior ao de Bezerra de Menezes, embora porte patamar evolutivo equivalente ao do médico e político espiritista do Ceará, de quem compartilhava a vanguardista definição religiosa. Tobias Barreto (1839-1889), outro sergipano – não citado pelo Autor Espiritual, por não ter ido residir no Sudeste brasileiro, no transcurso de sua encarnação última –, sequer padeceu o tão famoso preconceito bairrista daquela região contra os nordestinos, porque, simplesmente, resolveu ignorar a capital do país à época e travar contato direto com centros de cultura européia; no caso dele, alemães, fazendo-se expoente da cultura jurídica de veia germânica no Brasil, na famosa e ultrainfluente Faculdade de Direito de Recife, confrontando toda uma onda de tendência francófila que marcou a intelectualidade brasileira até meados do século XX, um século depois da passagem do filósofo e jurista sergipano.
Nordestinos? Sim, com muito orgulho! E, poderíamos dizer, como eufemismo muito justo, pela menor influência de imigrantes, no correr dos séculos, em nossa região, afora a marca profunda aqui deixada de estoicismo no trabalho pela colonização de três décadas do povo holandês no século XVI: “plenamente brasileiros”.
Ninguém ousaria deter George Sand – pseudônimo adotado por Amandine-Aurore-Lucile Dupin (1804 – 1876) -, vestida de fraque e cartola, adentrando os salões parisienses, cheios de mulheres sufocadas com espartilhos e imensas “saias-balão”. Indomável, idem, foi sua compatriota Sarah Bernhardt (1844 – 1923) – conhecida pelo epíteto “A Divina Sarah”, considerada a maior atriz de teatro de todos os tempos e lugares –, que, ao fim da vida, impossibilitada de atuar, por insidiosa moléstia nas pernas, que a prendia ao leito com dores lancinantes, pediu a seu médico que lhas amputasse, a fim de que pudesse, presa por um mastro ao palco, continuar atuando. Chiquinha Gonzaga (1847-1935), compondo e vivendo num meio masculino e boêmio, relacionando-se com um homem mais novo, num Brasil semi-colonial, não estava por baixo da ousadia de suas “irmãs” de gênio europeias. Cora Coralina (1889-1985), mais que só brilhante, foi profunda mística, sofrendo uma transformação aguda aos 50 anos de idade, assumindo o pseudônimo como nome próprio e, como ela disse: “perdendo todo o medo”. Exemplos inesquecíveis de mulheres extraordinárias, que não permitiram que sua luz interior fosse eclipsada, pela tirania machista de suas primitivas épocas de vida física.
Fenômenos inacreditáveis de sucesso, estes dois homens provaram que tudo é possível ao gênero e gênio humanos. Machado de Assis (1839-1908) – numa época em que negros eram arrastados, sob grilhões, pelas ruas da mais culta e moderna cidade do país, à época capital do país, o Rio de Janeiro – tornou-se um dos maiores artífices da lusografia de todos os tempos; e Barack Obama (1961- ) conseguiu, num dos países em que a questão racial é das mais fortes no mundo, com população de apenas 25% de negros, eleger-se como um candidato negro à Presidência dos Estados Unidos da América. Sem comentários! O que mais se pode dizer de dois gênios da autossuperação como estes?
A dizer por estes dois gênios acima retratados (Rimbaud e Wilde, respectivamente) o Espírito Eugênia tem toda razão (*), como se diria de William Shakespeare e Leonardo Da Vinci – considerados vultos pertencentes ao topo das possibilidades intelectuais do gênero humano, igualmente notórios homossexuais – os gays seríamos, realmente, dotados de cérebros diferentes, que favoreceriam a manifestação da inteligência, com maior clareza (risos). Arthur Rimbaud (1854-1891) revolucionou o uso que se fazia à época da língua francesa, e esgotou sua obra aos apenas 21 anos de idade (wow!) – e nunca mais voltou a escrever. Os especialistas em artes e neurociências que o digam. Diferentemente da música, que parece exigir, para grandes realizações, massa encefálica expressiva (encontrada mais em pessoas jovens), como na Física (curiosamente, utilizamos a mesma região do cérebro para calcular e compor peças musicais), a literatura pede experiência, cultura, domínio da ferramenta idiomática (um cérebro esculpido com as conexões complexificadas, entre as células nervosas – as sinapses – engendradas pelo longo uso, mais do que massa agigantada de neurônios), de modo que só as décadas de destreza podem propiciar uma excelência para, digamos, como foi o caso de Rimbaud, romper paradigmas na utilização de uma língua com tantos grandes autores em todos os séculos do último milênio…
O britânico Oscar Wilde (1854-1900), por sua vez – gênio da literatura e da controvérsia –, entrou para a história com apenas um livro publicado, o famosíssimo “O Retrato de Dorian Gray”.
Mestiço, obeso, fora dos padrões estéticos de beleza, obviamente feminino, inculto (apenas concluiu o 4º ano primário) e pobre, afável e cordato com todos, a última pessoa que se imaginaria forte para realizar grandes coisas, ele fez o impossível: num Brasil católico semi-feudal do início do século passado até o seu fim, liderou milhões de espíritas e não-espíritas brasileiros. Como médium psicógrafo, publicou peças em idiomas estrangeiros que desconhecia, trabalhos científicos, filosóficos e artísticos de tal modo que assombrava especialistas em diversas áreas do saber e, em literatura, reproduzindo, à perfeição, o estilo de cada autor que assinava. Quando psicografava mensagens pessoais de entes queridos desencarnados dos que o buscavam, além de dados precisos que só os destinatários e às vezes só o “morto” conheciam (informes depois pesquisados e constatados verídicos), em um quinto delas havia a caligrafia do comunicante, podendo ser verificável, tal resultado, por peritos grafotécnicos (!). Faceou toda ordem de perseguições do tradicionalismo religioso de nossa pátria, década sobre década, sem interromper suas atividades, por motivo algum, ajudando e socorrendo a milhares sem-fim e inspirando a criação de obras assistenciais e filantrópicas no país inteiro.
Resistência equivalente, de natureza política e social, padeceu Luís Inácio Lula da Silva, um nordestino que ascendeu como líder sindical no ABC paulista, dentro de um dos pontos altos da Ditadura Militar nacional. Com apenas quatro anos do ensino fundamental, como Chico, inspirou, integrou e conduziu, década sobre década, acadêmicos e intelectuais, operários e agricultores, jovens ecoxiitas e anciães da velha guarda esquerdista. O inacreditável aconteceu: chegou à Presidência da República. Mais impressionante ainda: deu continuidade ao movimento de transformação e modernização de nosso país, que porta uma máquina estatal inflacionada e emperrada, em muitos aspectos, e com uma complexidade institucional, cultural e social de dar vertigens a catedráticos das maiores Escolas de Sociologia da Terra. E, agora, perto de concluir seu segundo mandato como Presidente, favorece o Brasil ser colocado no centro dos grandes debates internacionais, como um líder estratégico, por representar tanto o grupo dos países emergentes, como parcialmente já estar incluso no sistema de organização civilizacional (das classes A e B), no plano das nações pós-industriais. Gênio político, um estadista para marcar era, não só no país mas fora dele, qual Barack Obama, ambos provando que impossíveis podem acontecer, quando se serve a um propósito Maior que o ego.
(*) Leia opinião da Autora Espiritual no artigo “Defesa ou Panegírico Gay?”, clicando aqui.
(Nota do médium)
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