A Capital dos Impossíveis (*1) Aniversaria Hoje.
A Capital dos Impossíveis Aniversaria Hoje.
Panorama da Aracaju dos dias de hoje, uma pequena metrópole, com aproximados um milhão de habitantes (em sua região metropolitana), considerada a “Capital da Qualidade de Vida”, por rigorosa pesquisa, levada a efeito, recentemente, com relação a todas as outras capitais de Estados brasileiros.
A fundação de Aracaju, respeitando o famoso “Projeto Xadrez” [merecendo, de Ferdinand von Zeppelin, no ano de 1930, quando a sobrevoou, com sua geringonça explosiva (*1), a famigerada declaração: “É a mais bela cidade do mundo da perspectiva aérea”] e concomitante transferência da capital, aconteceu no século XIX, em 1855.
Especificamo-lo para chamar atenção de todos para a curiosa coincidência de Aracaju ter sido fundada dentro da efervescência, na Europa, do “fenômeno das mesas girantes” (tanto que foi neste ano que Allan Kardec declarou haver começado seus estudos mais seriamente). Três anos depois apenas, Maria Santíssima estaria Se manifestando, Pessoalmente, sobre uma lixeira (!), num recanto totalmente desimportante da época, Lourdes, França, nos Pirineus Franceses, que sequer falava o Francês de Paris (o que é comum, até hoje, nos países Europeus, nas cidades e lugarejos que distavam de suas respectivas capitais), para uma menina analfabeta, que hoje fala em Nome d’Ela, por via mediúnica, justamente na capital sergipana (*2).
Outra particularidade de Aracaju (a segunda cidade do mundo projetada, depois apenas de Berlim – e 105 anos antes de Brasília) representar um “Xadrez”, desde suas “origens”, – o jogo complexo das estratégias militares, sublimado no contexto artístico da arquitetura urbanística, a remeter, simbolicamente, para o destino grandioso da Cidade, em matéria Espiritual, no âmbito da sublimação das revoluções paradigmáticas, da quebra de preconceitos, dos valores anacrônicos para os novos princípios, das armas para as ideias bem defendidas, como vemos acontecer com nossa Organização, o Instituto Salto Quântico. A cidade d’onde saíram o primeiro Governador e Ministro negros da História pátria, assim como uma das primeiras Ministras da República, e que sediou o primeiro “Miss Brasil Gay” (1973), pela “impossibilidade” (pasmem!) de ser realizado na ultra-moderna e liberada (já na época, e desde sempre a mais liberal do país, excetuando-se, é claro, Aracaju) “Cidade Maravilhosa”. Foi aqui também que houve o maior êxito percentual, em relação a todo o país, do primeiro pleito eleitoral, após o obscuro período da Ditadura Militar. O candidato, notoriamente conhecido como homossexual, recebeu 70% dos votos dos aracajuanos… Ele era realmente notório como gay… e isso aconteceu em… 1987!!!
Nos anos 1970 e 1980 acontecia, anualmente, o famoso “Baile dos Artistas”, depois chamado “Baile das Atrizes”, em que expressiva parcela das classes cultas da capital sergipana se reunia para aplaudir, calorosamente, um desfile de transexuais e travestis… Sim! É isso mesmo: há 30, quase 40 anos!
Escândalos políticos eram normalmente apontados pela imprensa aracajuana, em decênios passados. Inacreditável quase: a decisão de algumas autoridades locais em despachar vários ônibus lotados com pedintes de Estados vizinhos. Motivo? Afluíam para a capital sergipana, porque, como diziam aqueles infortunados irmãos em humanidade, em resposta aos atônitos Assistentes Sociais do Estado: “É porque o povo daqui é bom. A gente não passa fome. Se pedir, sempre alguém nos dá um prato de comida.”
O povo tido como feio e de “cara fechada” (realmente, falta um “pouco” – risos – de cortesia na metrópole das finesses culturais e espirituais), impera o culto à franqueza, e, de reversa maneira, a postura polida é, quase sempre, vista como “hipocrisia” e “adulação”… Incrível, não? Um lugar onde ser cortês e “politicamente correto” pode soar a desonesto, enquanto o verniz social do sorriso de plástico é aplaudido universalmente, em todo o mundo civilizado. Quando sabemos que, no Plano Superior de Consciência, não há máscaras sociais, e que as pessoas dizem e fazem o que realmente pensam e sentem… ficamos a pensar… Não seria Aracaju a antecâmara do paraíso?
E o mais interessante de tudo, depois de fazermos tantas assertivas para causar espécie: Aracaju possui uma das comunidades que padece de maior complexo de inferioridade coletivo de que se tem conhecimento – se é que assim se pode dizer. Aqui, a palavra “bairrismo” é quase sinonímia de delírio, de distúrbio mental. Há mesmo um exagero em só se apontar falhas do lugar e do povo… um povo “escolhido” porém… Que precisa apenas ser humilde, em vez de complexado, porque boicota, involuntária e inconscientemente, sua vocação à Grandeza… Humberto de Campos asseverou em 1937, para Chico Xavier, ser o Brasil o “Coração do Mundo, Pátria do Evangelho”. Ao nosso medianeiro, afirmamos, em 1993: “Não saia do ‘Coração do Coração do Mundo: é aqui que tudo vai ter começo.” Em verdade… já estava começando… na invisibilidade dos eventos que só a perspectiva histórica pode delinear com clareza…
A Aracaju e a Sergipe, nossos parabéns! (Sabemos que seus respectivos “inconscientes coletivos” nos ouvem e vibram) Neste “Rochedo de Gibraltar” edificamos um prédio-pedra-fundamental, que hoje se distende por todo o país e além fronteiras, para disseminar a Luz Espiritual, no maior empreendimento de divulgação de ideais espirituais da América Latina, com dois satélites em ação, a quinta rede de televisão do país e duas emissoras norte-americanas – a alavanca suficientemente longa, como disse Arquimedes, com a qual, apoiada no ponto suficientemente firme, poder-se-ia “remover o mundo” (*3).
Eugênia de Mileto Soubirous.
Aracaju, 17 de março de 2011.
(*1) Em 6 de maio de 1937, um trágico e altamente noticiado acidente com um dirigível – a invenção do grande alemão – na “capital do mundo” (até hoje), Nova York, encerrou, definitivamente, a era do transporte aéreo por “balões dirigíveis”, para que a aviação adquirisse a hegemonia no transporte de cargas e pessoas por via aérea, que a história da Ciência e da Tecnologia lhe conferiu.
(*2) A Autora Espiritual faz modesta referência a Ela mesma, em Sua íntima relação com Aracaju.
(*3)As numerosíssimas postagens dos quatro links da coluna direita da interface deste site dão uma notícia dos “impossíveis” a que Eugênia se refere, que por aqui estão acontecendo.
(Notas do Médium)
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