Trocamos o Aniversariante Excelso pela bizarra figura de um velhinho com indumentária e aparatos nórdicos, num roupão vermelho, barbas brancas, risada sinistra, que conduz um trenó flutuante, tracionado por macabras renas com estranhos sinos remetendo a filmes de terror de mau gosto, para tão só dar presentes materiais à criançada, em vez de avivar a Espiritualidade, a essência mesma do Natal – tudo isso engatilhado por uma mera propaganda de refrigerante dos anos 1940. E ainda assimilamos a ideia – em princípio igualmente desconectada de qualquer sentido para o simbolismo da sagrada efeméride – de cobrir com neve artificial, em plena região tropical, árvores cheias de luzes e enfeites.
Com a pandemia e a sensata suspensão das festividades mais amplas de final de ano, em que comumente pessoas que não convivem umas com as outras e que amiúde também não se querem bem se forçam a “confraternizar”, desbragando-se em comilanças regadas a álcool e alfinetadas recíprocas, espero que todos(as) reflitamos sobre o real sentido do nascimento do Cristo Verbo da Verdade!…
Benjamin Teixeira de Aguiar
Bethel, CT, região metropolitana de Nova York, EUA
23 de dezembro de 2020