Benjamin Teixeira
pelo espírito Eustáquio.
Considera a pendência que te mói o coração e, consciente de tua responsabilidade, no drama das matrizes psíquicas que ofertas a tais agentes das trevas, foge do medo metediço que se intromete em tuas engrenagens mentais, tolhendo-te a alegria de viver, a segurança e a paz.
Paga, com alegria, caro amigo, o preço da tua felicidade. Nenhuma conquista verdadeira há, sem esforço e uma certa dose de sacrifício. Quando Jesus fez referência a preferir a misericórdia ao sacrifício, falava dos sacrifícios vãos, sem propósito, não da abnegação austera que visa a fins nobres, construtivos e com efeitos beneméritos para os irmãos em Humanidade.
Ignora a algaravia que se faz em torno de teus passos e segue confiante, ciente de que o Divino Senhor sempre envia suprimentos de forças, para aqueles que, sinceramente, Lhe servem à causa de Redenção da Humanidade.
Faze, caro amigo, ainda hoje, teu preito de devotamento à Causa do Cristo. Chamar-te-ão de louco. Acusar-te-ão das formas mais absurdas que um homem de bem pode ser acusado. Mas estarás em paz, senhor do próprio destino, dono da própria felicidade, que se terá feito conquista inalienável de teu espírito.
Recorda, agora que o mundo te grita: Goza!, que os maiores feitos da Humanidade partiram de iniciativas sacrificiais, de gente que abdicou de alegrias imediatas, de maiores comodidades, em função de um ideal.
Não acredites na hipnose coletiva do hedonismo. O prazer não é a resposta para as necessidades da alma. O prazer compõe a experiência do ser, mas não toca, nem de longe, sua natureza. Assim, deve ser sempre submetido aos reclamos, prioridades e aspirações do espírito, ou converter-se-á em senhor tirânico, escravizando o incauto ao tormento do vício, bem como do vazio, da frustração e da destruição que lhe são conseqüentes.
Não temas mais o momento de privação de algumas alegrias efêmeras. Guarda-te em prece, toda vez que te sentires visitado pela tentação de voltar ao padrão de mediocridade espiritual que arrasa com as possibilidades de ser feliz. Prefere a austeridade, o denodo, a disciplina, a determinação – verdadeiras antecâmaras para a felicidade e para a plenitude.
Podes, agora, estar enfeitiçado pelas Forças do Mal, da desagregação, da deserção moral, que insuflam energias e padrões mentais destrutivos em todos que, displicentes, dão-lhe espaço mental. Todavia, se albergas o amor genuíno ao ideal de ascese à vivência dos princípios de Vida Eterna, de trazer para o cotidiano a ventura indizível de se sentir imortal e de viver em contínuo intercâmbio íntimo com as Potestades do Plano Superior, saberás compreender os instantes de sedução do mal como experiências necessárias ao teu aprendizado e como ditosas oportunidades de provar a ti mesmo e de consolidar tua conexão com o Mais Alto.
Assim sendo, a cada embate vencido, mais exultação advir-lhe-á à alma, pela conquista gradativa do Reino dos Céus, por dentro de ti mesmo, para toda a eternidade…
(Texto recebido em 25 de outubro de 2001.)