Benjamin Teixeira
pelo espírito Eugênia.
Foi sincero(a) e o(a) amigo(a) imaginou-lhe torpezas ocultas? Problema do(a) amigo(a), não seu.
Deu de si o seu melhor, e, ao fim, foi pago com a ingratidão? Falta do ingrato(a), não sua.
Tem certeza de que agiu com a melhor das intenções e o outro lado demonizou-se, sintonizando com as forças do mal, por não admitir-lhe a conexão com o bem? Débito moral do(a) pobre coitado(a), que terá que facear a verdade, mais cedo ou mais tarde.
Muitas vezes, querido(a) amigo(a), recebemos os maiores presentes de Deus, em forma de amargas decepções e terríveis separações. Se alguém não deve estar conosco, por desígnio divino, e amamos esta pessoa com as fibras mais profundas d’alma, a Divina Providência precisa fazer uso de meios dramáticos de ruptura do relacionamento, a bem geral.
Assim, agora que se sente incurso em “tragédia inenarrável” da vida emocional, repare com cuidado, medite com acerto, e notará a Mão de Deus a abençoá-lo(a), dizendo: “Fim do seu carma; reservo-lhe algo melhor.” Porque, se damos amor sem intenções de retribuição, e o objeto de amor nos interpreta da pior forma as iniciativas, a ponto de ir embora, iracundo(a), que temos a fazer a não ser lamentar pela sorte do(a) pobre coitado(a) que nem sequer percebe o amor sincero que recebe? De nossa parte, apenas dizer: “Obrigado(a), Senhor, porque foi-me tirado de perto alguém que me fazia mal, com a ausência de compensações psicológicas para o meu coração sincero, para que fiquem e venham outros(as) amigos(as) especiais, à altura dos sentimentos genuínos que tenho a ofertar.”
Assim, na altura dos paroxismos mais críticos de sua provação, declare para si, bem alto: “Bendito Seja, Ser Todo Amor, que me beneficia até por meio da dor!…”
(Texto recebido em 31 de julho de 2005)