(Capítulo 1.)
por Benjamin de Aguiar.
Começamos nosso Culto do Evangelho Diário da tarde desta segunda-feira, 28 de março de 2011, logo após eu concluir uma psicografia do Dr. Temístocles (em sua impecável concisão, quanto cirúrgica e brilhante argumentação – artigo que será publicado ainda nesta semana), com o pedido da Mestra Espiritual Eugênia a que compulsássemos as anotações emmanuelinas, no clássico “Pão Nosso”, capítulo 129, psicografia de Chico Xavier.
Meu companheiro Wagner proferiu a prece inicial e leu um artigo que trouxe do acervo de nosso site (selecionado ao acaso), que psicografei em 2003.
Consultamos páginas do Evangelho Sinóptico de João e de “O Livro dos Espíritos” – não nos foi pedido especificá-las – e, de permeio a todas elas, tecíamos (eu estava sob influência dos Mestres Espirituais que dirigiam a Reunião) comentários construtivos ou elucidávamos questões sérias, passo a passo, sobre os assuntos ventilados.
Em seguida, procedemos à leitura (no mesmo sistema de paradas para “tira-dúvidas”) do Capítulo 14 de “Nos Domínios da Mediunidade”, de coautoria do Espírito André Luiz, pelas mãos mediúnicas, igualmente (como para recepção do supracitado “Pão Nosso”), de Francisco Cândido Xavier.
Remetemos as caras amigas e os prezados amigos leitores a tal compêndio de beleza e sabedoria imorredouras, pelo reforço, com respaldo sólido e em nuanças mais complexas, do tema “convívio espiritual entre cônjuges”, quando um deles se ausenta do domínio físico de existência, sem que o outro também retorne à “Pátria Espiritual”. Nesta passagem indicada, porém, não encontramos os laços em padrão luminoso, como mencionado no rodapé do diálogo travado com a Mestra Eugênia acerca da matéria, por citação d’Ela Própria (*), em referência ao segundo livro componente da mesma série “A Vida no Mundo Espiritual”: “Os Mensageiros”, coleção esta que se inicia com o famigerado “Nosso Lar” e que já tive a felicidade de ler, completa, três vezes. Digo-o, na intenção de ressaltar a relevância que possui esta obra monumental, para o conhecimento do assunto espiritual – monumental nos dois sentidos: do valor e da extensão (esta última, ao menos da perspectiva do leitor moderno, preguiçoso a ler, com tantos estímulos eletrônicos à sua volta).
Neste outro capítulo: 14, de “Nos Domínios da Mediunidade”, acompanhamos a descrição de um caso de continuação dos laços afetivos, em regime de regeneração do esposo desencarnado, que colabora com atividades espirituais em que a companheira encarnada está envolvida, de molde a se lhe equiparar ao nível de credenciais espirituais e, por conseguinte, obter mérito e estofo moral, a fim de estagiar na mesma frequência vibratória para onde a consorte se deslocará, após o decesso carnal – ou, em outras palavras: poder conviver com ela, quando esta também houver abandonado o organismo denso de carne.
Logo em seguida, ainda no mesmo capítulo, embora de modo um tanto camuflada (por motivos evidentes: a época de publicação da obra o exigia), descreve-se situação reversa: a caracterizada pela tradicional (mas errônea, quando generalizada) noção de parasitismo entre cônjuges, quando, da mesma forma, um dos dois desliga-se do âmbito físico de existência e o outro não o acompanha no mesmo processo de deslinde da matéria, permanecendo ambos, encarnada e desencarnado (neste caso), obsediados reciprocamente, mas com maior poder de indução hipnótica da parte da encarnada – o que costuma causar pasmo nos que estagiam no plano material de vida. Ressalte-se o tema adicional, muito interessante às nossas reflexões, sobre as substanciais diferenças que soem ocorrer entre desejo consciente e vontade inconsciente das criaturas humanas, porque a viúva encarnada está, no intercurso do processo obsessional, quando em estado vígil de consciência, procurando a interferência curadora de uma Casa Espírita séria e seus trabalhadores devotados; no entanto, ao adormecer, deslindando-se parcialmente de seu vaso carnal (por meio do mecanismo denominado, pelos americanos, de “out-of-body experiences”; pelos espíritas, de “desdobramento da personalidade”; por esotéricos e estudiosos da área – que variam em utilizar estes termos –, de “viagem astral” ou “projeção da consciência”), torna à plenitude de sua natureza legítima, mostrando-se dementada de paixão e ciúmes, pelo parceiro de “trocas energéticas” de baixo calão.
A certa altura das leituras, no correr da extensa atividade, que mais se assemelha a uma reunião mediúnica mista do que propriamente a um Culto do Evangelho no Lar – em virtude do gênero de tarefas coletivas a que estou vinculado, pela divulgação em massa da temática Espiritual, há quase duas décadas (17 anos), pela televisão, e há mais de dois decênios conclusos (21 anos), pela “imprensa escrita” –, numerosos sofredores desencarnados gemiam e se lamuriavam, em amplo salão aberto às minhas costas – uma espécie de edifício hospitalar foi montando, na outra dimensão de existência, acoplado a nosso lar, no campo físico de vida, aproveitando-se os terrenos baldios que nos cercam a edificação doméstica. O Espírito Lukas, então, um dos mais hábeis esclarecedores da Casa, tomou palavra, no propósito de auxiliá-los a sair (quanto lhes fosse possível) do torpor de distrações indevidas com os próprios sofrimentos, para que acompanhassem as leituras, preces e comentários elucidativos, que muito lhes favoreceriam a cura das enfermidades perispirituais que traziam consigo, decorrentes de ulcerações da consciência e da mente, enquistadas na culpa e em outras “engrenagens” dolorosas de apego e fixações viciosas das mais variadas expressões. Interessante, porém, é que o Orientador se dirigiu a todos, aos Assistentes Espirituais do Bem, como aos encarnados que realizávamos o Culto, sem qualquer pretensão de superioridade sobre os padecentes em tão desordenado desalinho da psique, no magistral esforço de a todos nos irmanar, numa mesma psicosfera de fraternidade e harmonia no trabalho, com magistral poder de síntese e didática conjugados:
“Estimados Irmãos, Caríssimas Irmãs:
Atentemo-nos ao imperativo do estudo constante das questões espirituais, ATINENTES A TODOS NÓS, porque, em última análise, estamos tomando notas que nos propiciem a própria felicidade.”
Findas as leituras, a fortíssima gengivite que me afligia com fortes dores, desde o almoço, intensificara-se, num latejar contínuo, a ponto de me fazer dispneico e tonto, dificultando-me deveras a concentração. Mas a Espiritualidade Amiga comunicou-me – na severidade homérica que conhecemos da parte d’Eles, em suas disciplinas inamovíveis – que eu precisaria passar à parte mais delicada da tarefa, “antes de resolver o meu caso pessoal”: a recepção de mensagens dos Mentores aos seus protegidos. Somente depois disso, poderia eu apelar para o socorro odontológico de emergência. A despeito de minha resistência à dor, temi pela fidedignidade com que captaria os ditados dos Amigos “invisíveis ao sensório comum”, expondo esta questão aos Mestres Espirituais. A Própria Eugênia veio ao meu socorro (embora a visse e a ouvisse à distância, como quem utiliza um vídeo-celular com tela tridimensional e gigante) e garantiu-me assistência especial, para que “acidentes que tais não se dessem”. Tranquilizei-me, ignorei a dor e, concentrando-me no trabalho a cumprir, escrevi, durante os 35 minutos seguintes, sem parar, sob o influxo d’Eles – além da intercessão da mente do Autor desencarnado que faz uso de minhas faculdades mediúnicas, há sempre a influência do Guia Espiritual Eugênia (o que acontece em todo caso de mediunato, como os amigos leitores devem saber), com o intuito de supervisionar conceitos, ideias, sugestões, mantendo-nos no diapasão educativo mais eficaz e viável às minhas limitadas condições evolutivas.
Gustavo Henrique, o doce (embora másculo) ancião sábio da Outra Esfera de Vida, foi quem se incumbiu do processo de psicografia de mensagens de caráter pessoal (todas elas contendo dados que eu desconhecia), para seis integrantes encarnados de nossa Instituição. Enquanto eu recebia as cartas esclarecedoras do grande Professor da Espiritualidade, os rapazes (Delano ou Wagner) se alternavam em suas funções: ora um permanecia comigo, na “sustentação vibratória”, em prece, ora outro procedia à leitura da missiva intermundos, por telefone, em cômodos diferentes da casa, aos interlocutores emocionadíssimos, não só pela precisão dos informes trazidos pelo abnegado Benfeitor espiritual, mas também pelas orientações e confortos carreados, nas breves epístolas de aconselhamento e ensino. (O Sacerdote desencarnado psicografou as cartinhas amorosas, à moda tradicional, por meio de manuscritos: na primeira, utilizando grafite; nas cinco últimas, fazendo uso de esferográfica, a pedido dele mesmo.)
Concluída a fase psicográfica do trabalho vespertino, meu querido irmão do Espírito Delano fez a prece de encerramento das atividades espirituais da tarde e, em seguida, passou a se aprestar, tanto quanto eu, celeremente, para nos dirigirmos ao consultório da especialista, uma dentista de nosso Grupo, que já me aguardava – por aviso nosso, telefonicamente, no transcurso do longo Culto-Tratamento.
As amigas e os amigos leitores, entrementes, fiquem em paz. Quando digito estas linhas (como desde que saí do consultório da irmã em ideal que labora na área odontológica), não padeço de qualquer algia, seja na gengiva, seja em outra parte do corpo (risos).
Que os Cristos nos abençoem hoje e sempre,
Benjamin de Aguiar, sob condução direta dos Mestres Espirituais da Organização,
Aracaju, madrugada de terça-feira, 29 de março de 2011.
(*) Se você quiser reler ou estudar o diálogo riquíssimo que foi travado entre Maria da Penha Oliveira e o Espírito Eugênia, clique aqui.
(Nota do Médium)
Ajude a santa e sábia Mestra Espiritual Eugênia e Seus Amigos igualmente Mestres Desencarnados a disseminarem Suas ideias de sabedoria e amor, e, com isso, tornarem o nosso mundo mais feliz e pacífico. Basta que encaminhe este arquivo a sua rede de e-mails. Para tanto, utilize a ferramenta abaixo, com os dizeres: “Envie esta mensagem para seus amigos”.
Se você está fora de Sergipe, pode assistir à palestra de Benjamin de Aguiar, ao vivo, aqui mesmo, pelo nosso site, mediante uma colaboração simbólica, destinada à manutenção dos equipamentos utilizados na transmissão via internet. Para acessar-nos, basta que venha até cá, às 18h de domingos, horário de Aracaju (atualmente alinhado com o de Brasília), e siga as instruções aqui dispostas, em postagem específica. (Lembramos que a entrada para a aula presencial é gratuita.)