Fala ditada pelos Mestres da Espiritualidade Amiga ao médium Benjamin Teixeira de Aguiar, na reunião mediúnica fechada de 22 de novembro de 2011, no Núcleo Central do Instituto Salto Quântico, em Aracaju, Sergipe. E comentário de interpretação das mensagens oclusas na imagem ilustrativa do áudio, no artigo do médium e sua Mestra Espiritual, logo abaixo.

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Ensaio de Exegese Imagética.

Wagner, meu adorado consorte do corpo e da alma, perguntou-me o porquê dos pés e de cada elemento da imagem ilustrativa desta postagem – que originalmente seria apenas de áudio, mas que obteve este acréscimo em texto, enriquecido pela inspiração sempre sábia de nossa Mestra Espiritual Eugênia. E, como ele me dissesse, com um riso “sem graça”, após os esclarecimentos, que ficava agoniado por apenas ele ouvir essas explicações, sugerindo-me que as publicasse, considerei justo o pedido e aqui o faço. Os símbolos, como sempre, rezam os peritos no assunto, têm múltiplos significados, em dimensões diferentes de concepção – normalmente todos corretos, em certa medida.

1) Na mensagem em áudio, fala-se sobre “dar o primeiro passo, numa viagem de mil léguas”, citação (em caráter livre, aqui) ao Buda Lao Tsé, sem que se aguardem situações ideais para tanto.

2) Percebemos que são pés frágeis (aparentemente), porque femininos; todavia, o Feminino é o “condutor da alma”, tanto para homens, como para mulheres, conforme nos leciona a psicologia profunda, que denomina tal arquétipo de “anima” – o “animus” tem sido visto, frequentemente, nos últimos decênios, por junguianos (sobremaneira junguianas) de vanguarda, como tão só sinonímia de ego.

3) Notamos também que Ela pisa delicadamente, nas pontas dos pés, como quem não quisesse fazer alarido em torno dos próprios passos, ou como quem teme “pisar em falso” – atitude que exprime o estado de espírito adequado de humildade e discrição do genuíno processo de despertar da transcendentalidade própria.

4) Ela está descalça, desprotegida aparentemente, como se sente a pessoa que inicia sua “jornada da alma”, mas nem por isso deve deixar de encetá-la.

5) Existem os espelhos por todos os lados, a nos remeterem à importância da introspecção, nesse processo complexo e profundo, em busca de orientação interior, da voz da própria consciência ou dos Seres Espirituais que com Ela entrarem em sintonia.

6) Ela caminha próxima à linha de encontro da parede com o chão, como a dizer que existe a necessidade de trabalhar-se com dois domínios simultâneos da realidade, na tensão dos pares de opostos, para o desiderato de viver-se o ideal, a vocação: os conflitos entre corpo e espírito, entre a vida social e interior, entre o individual e o coletivo, entre o anímico e o mediúnico, entre a mente consciente e inconsciente, buscando formar arranjos harmônicos ou sínteses equilibradas dos melhores elementos constituintes destes (aparentes também) fatores opostos.

7) Como mimo final, e para não estender e complicar muito esta interpretação simbológica, um aditivo: uma singela tornozeleira na perna esquerda revela que a “joia” (ou o “tesouro” buscado pelo espírito) está oculta no “caminho esquerdo d’alma”, ou seja: no trabalho com a sombra psicológica, constituída, amiúde, em sua maior parte, pelos aspectos menos desejáveis de nós mesmos, normalmente reprimidos e inconscientes, mas também contendo as forças motrizes construtivas mais sagradas do Ser. Reforça este simbolismo o fato de a perna esquerda estar à frente da direita. Como assevera a psicologia profunda, é pela sombra que se chega à “anima” e, a posteriori, ao arquétipo da totalidade, o Self; “é pela conscientização das trevas interiores que alguém se pode iluminar”, segundo as próprias palavras de Jung; é, por fim, no território da sombra psicológica que encontramos motivação, criatividade e força vital para prosseguir em nossa trajetória existencial e evolutiva.

Benjamin Teixeira de Aguiar
(e Espírito Eugênia),
Aracaju, madrugada de 23 de novembro de 2011.


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Se você está fora de Sergipe, pode assistir à palestra de Benjamin de Aguiar, ao vivo, aqui mesmo, pelo nosso site, mediante uma colaboração simbólica, destinada à manutenção dos equipamentos utilizados na transmissão via internet. Para acessar-nos, basta que venha até cá, às 18h de domingos, horário de Aracaju (19h, no de Brasília), e siga as instruções aqui dispostas, em postagem específica. (Lembramos que a entrada para a aula presencial é gratuita.)

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