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(Esta fotografia foi batida três anos antes do episódio narrado abaixo, e dá uma ideia aproximada não só de minha aparência à época, como de minha extrema juventude de então.)

por Benjamin Teixeira.

Era final da tarde de 10 de abril de 1992. Terminei de assistir a um clássico “água com açúcar” na TV, com um irreconhecivelmente jovem Tom Hanks, algo como “Splash – Uma Sereia em Minha Vida”, e caí em prantos, ao fim da “fita”, por um assunto que nada tinha a ver, diretamente, com o tema do famoso filme (de início de carreira do duas vezes ganhador de Oscar da Academia de Cinema Norte-Americana), dirigindo sentida prece à Mãe Maior da Humanidade. Afinal de contas, o que Maria Santíssima pretendia de mim? Sabia que tinha um propósito a cumprir, desde 1987, quando “lembrava” – era uma memória, não um desejo – de que iria trabalhar com a divulgação de uma filosofia de felicidade, pela televisão, em nome de “Inteligências Invisíveis”, funcionando como “Instrumento” d’Elas. Já sabia tratar-se da disseminação das ideias espíritas, desde que me tornara kardecista, em 1988… E… nada de eu pôr um programa de TV no ar… Para o jovem de menos de 22 anos, aqueles seis anos de conhecimento prévio do que se veio fazer numa encarnação constituíam verdadeiro suplício de espera, quase uma cabal documentação de fracasso existencial (risos).

O rosto já estava inchado de chorar, na minha longa oração, fitando o infinito do Céu que perdia luminosidade rapidamente, quando o telefone tocou. Era um convite para participar de um programa de TV, naquele mesmo dia, em que representaria o Espiritismo, discorrendo sobre o assunto depressão, ao lado de uma psicóloga, hoje já desencarnada, de prenome Carla (desculpem não me recordar do sobrenome dela – mas garanto ter sido, e hoje mais ainda, um doce de pessoa, um ser do Bem). André Barros, ainda entre nós, encarnado, seria o mediador, no programa de início de noite, de caráter jornalístico, na extinta TV Jornal, à época emissora da Rede Manchete – também já extinta. Seria ali, naquela estação de TV, que, em menos de dois anos, lançaria o programa de televisão até hoje no ar – o mais antigo da temática espírita, ininterruptamente transmitido em terras brasileiras e no exterior.

No tal momento histórico, que, todavia, não foi registrado (meu aparelho de videocassete estava quebrado, e não consegui em tempo ajuda de algum amigo que gravasse a entrevista), recordo-me não só de ter abordado a questão-mote do programa, no sentido da frustração que se convertia em depressão (num tom visivelmente autobiográfico, embora nem de longe isso transparecesse ao público AO VIVO, que nos assistia), como ainda de tê-la associado a quadros obsessivos, dentro da clássica terminologia taxiológica kardecista de divisão de graus da obsessão: simples, fascinação e subjugação, esta última com o desdobramento possível de psicológica e física – a mais popularmente conhecida “possessão”.

18 anos de pregação espírita – se é que posso assim me exprimir – por meios televisados. Já passamos por cinco emissoras locais, quatro nacionais e uma no exterior (nos EUA, no Estado de Connecticut). Atualmente, além da emissora Aperipê TV, canal 2, que exibe nosso programa por TV aberta, em Sergipe, às 8h de sábados, também o canal 10 da Sky o transmite, para todo o país, em versões de meia hora, DUAS VEZES AO DIA, às 7h30 e 10h, acontecendo, episodicamente, de haver TRÊS(!) veiculações DIÁRIAS.

É impressionante como o tempo passa, e como podemos, se distraídos, defenestrar nossos melhores anos e oportunidades de concretizar o melhor, em ilusões e passatempos sem qualquer construtividade. Estou na iminência de completar meus 40 anos de existência (em outubro deste ano), na atual reencarnação, e a sensação de não ter feito nem metade do que vim realizar oprime-me o peito, deveras. Felizmente, o Espírito Eugênia tem-nos dito que o que ocorreu até agora foi apenas preparação, e que tudo estaria começando neste ano de 2010. Não por acaso, a transmissão diária dúplice, para um público potencial de DEZ MILHÕES de pessoas, por todo o território nacional.

Solicito a caridade especialíssima dos prezados amigos e irmãos em ideal que se dão ao trabalho de me lerem estas linhas, no sentido de me incluírem em suas orações, se possível diariamente, para que esta criatura tão deficiente que sou, altamente precária para o encargo complexíssimo e sagrado que me foi confiado, erre o mínimo possível e acerte o máximo que esteja em meu alcance, tendo em vista que, em tese, nesta tarefa de avultada responsabilidade – representar, no plano físico de existência, as Inteligências do Domínio Sublime de Vida –, não se poderia errar jamais… o que é obviamente impossível.

Confiando-nos todos à Nossa Mãe Maior, Maria Santíssima, cada vez Se mostrando mais presente e atuante em nossa Organização transreligiosa (apesar de sua feição kardecista), como bem revelam os fenômenos do Sol e do sangue, expostos, em destaque, em ícones de nosso site,

Seu irmão em Cristo,
Jesus e Maria Cristos,

Benjamin Teixeira,
Aracaju, 10 de abril de 2010.


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