com o espírito Eugênia.
Eugênia, recentemente, foi estudado um grupo de cinco irmãos turcos que andam como quadrúpedes (embora sejam funcionalmente saudáveis na estrutura óssea e muscular) e que têm baixo índice de inteligência. Teria algo a falar sobre isto?
A despeito de a ciência poder aventar a hipótese de genes recessivos, bloqueados pelo processo evolucional, haverem-se tornado excepcionalmente ativos no grupelho, o que, de certa forma, aconteceu, indispensável recordarmo-nos do ascendente espiritual, que dinamizou tais princípios genéticos latentes, fazendo-os operacionais no comando do desenvolvimento neurofisiológico dos cinco elementos em foco. Há inequívoca prova, neste caso esdrúxulo estudado pela ciência, de espíritos recém-egressos da condição animal, jornadeando pela primeira vez em corpos humanos. Amiúde, indivíduos nesta estranha configuração psicofísica de transição filogenética não surgiriam, já que costumam sofrer determinadas cirurgias perispiríticas, antes de sua primeira encarnação humana, de molde a terem meios de obedecer aos automatismos instintuais do corpo humano, que propelem ao caminhar eréctil.
Muito interessante. De fato, pareceu óbvio tratar-se disto, no caso dos turcos. Seguindo esta linha de raciocínio, Eugênia, podemos entender que há espíritos, entre os encarnados na Terra, em condição evolutiva muito próxima à animal, embora não tão gritante, como no caso dos irmãos turcos?
Sim. Por isso a enorme heterogeneidade de temperamentos, caracteres, valores, interesses no orbe terreno. Aqueles que estão mais próximos de sua condição primeva de irracionais demonstram menos inteligência, menos sentimentos e mais instintos, entre eles as emoções primárias da raiva, do medo e do ciúme; em verdade, profundamente movidos e controlados por eles, diferentemente dos que já são mais velhos na experiência humana, que, embora possam ser passionais, jamais se deixam arrastar totalmente por instintos e emoções primitivas.
Vemos também manifestações culturais mais ou menos desenvolvidas que corresponderiam a estes tipos ou estágios mais retardatários do universo evolutivo – estou certo em dizê-lo?
O termo “retardatário” me parece ter uma conotação negativa, como se houvesse uma negligência ou uma displicência por parte de quem esteja nestes níveis, o que não corresponde à verdade. Inobstante haja aqueles que, de fato, são menos esforçados, a esmagadora maioria dos que ostentam menor complexidade de cognição e sentimento são almas menos desenvolvidas, como uma criança o seria, em relação a um adulto. Mas, sim: as manifestações culturais traduzem interesses que, por sua vez, condizem com valores e necessidades do ser, de modo que modalidades artísticas primitivas são atinentes àqueles que trafegam por faixas menos avançadas de conhecimento e moralidade. Uso excessivo de baterias, mixórdias de guitarra e outras expressões bizarras e menos melódicas da música, por exemplo, bem como a arte dantesca que apela para o meramente sensorial, no universo plástico, apontam para estes extratos menos abençoados pelo cadinho evolutivo. Interessante notar, ainda neste particular, como, em certos segmentos das artes plásticas, manifestações artísticas consideradas modernas assemelham-se, sintomaticamente, a pinturas rupestres descobertas em cavernas estudadas por arqueólogos e paleantropólogos.
Algo mais a dizer sobre o assunto?
A heterogeneidade evolutiva da Terra, no capítulo humano, vai ser drasticamente reduzida, em tempos breves, com grande fatia da espécie humana sendo “degredada” a um mundo primitivo, que preferimos dizer “transferida”, pelo mesmo motivo de não havermos gostado do termo “retardatário” que você utilizou acima. É que, apesar de muitos serem, efetivamente, “exilados” do planeta, por maus comportamentos em séculos sucessivos de renitência no crime, grandes legiões de seres menos evoluídos irão para lá, após o estágio de aprendizado avançado na Terra, na condição de missionários no mundo “inferior” a que serão trasladados, assim como o estudante de um país menos desenvolvido faz um curso de pós-graduação numa nação mais avançada e retorna à pátria de origem, para aplicar os conhecimentos mais complexos lá aprendidos, a benefício de seu povo. Do mesmo modo, entretanto, que alguns estudantes nunca retornam, muitos dos que, hoje, ostentam nível sofrível de maturidade psicológica e espiritual, para a média terrena, ficarão por aqui, compondo a humanidade terrestre do futuro, sem esta migração compulsória.
Motivos para isto?
Complexos demais para que possam ser abordados nesta introdução didática e resumida à temática.
Quanto tempo durará esta migração em massa?
Acontecerá num espaço de aproximadamente cem anos.
Quando começará, se é que já não tenha começado?
Em breve…
Quando?
Cinqüenta anos, por volta de.
Por que só por lá?
Porque os que estão por ora encarnados pela última vez na Terra, em estágio probatório, perderão a oportunidade de retornar, tendo cassado o seu “visto terráqueo”, digamos assim, e, então, serão levados, em grandes magotes, para o planeta que, há milênios, foi programado e vem sendo projetado para tal função.
De que forma serão transportados?
Isto não é importante ser dito agora. Estou desautorizada a falar, também.
Certo. Mais algo a falar sobre a temática?
Não. Satisfeita.
(Diálogo psíquico travado com o médium Benjamin Teixeira, em 9 de abril de 2006. Revisão de Delano Mothé.)