(Dilema na Divulgação de Mensagens do Espírito Eugênia e Seus Amigos.)
Benjamin Teixeira
e o Espírito Gustavo Henrique.
[O filósofo alemão Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831).]
Trocando e-mails com antiga amiga da Instituição, sobre como as pessoas não atinavam para a profundidade e qualidade das mensagens que os Bons Espíritos misericordiosamente concediam à Nossa Escola Espiritual, surgiu-nos um dilema, e não conseguíamos solucionar, no que tange a quanto teríamos direito de utilizar órgãos de imprensa ou outros meios de comunicação de massa, para divulgação do material que nos vem de Cima. O impasse parecia insolúvel (em detalhes que o sigilo nos impede de minudenciar), mas intuí que não deveria desistir de processar e incubar a dicotomia havida, para que lográssemos sair da prisão da ambiguidade. Foi quando nos veio em socorro a personalidade do Espírito Gustavo Henrique, que, com sua voz mansa e pausada, passou a grafar, por meu intermédio, um ensaio sobre conflitos conceituais, orientando-me, a posteriori, a publicar seu texto, pelo caráter universal que caracterizava o conteúdo da mensagem, que segue abaixo anexada.
(Duas imagens que podem ajudar os prezados leitores a visualizar o Pe. Gustavo Henrique. Na fotografia da esquerda, a batina preta que ele sempre traja – ultimamente, assim tem-me aparecido. Na direita, a imagem de um homem que, longinquamente, recorda-me o semblante de Gustavo Henrique – o cenógrafo Naum Alves de Souza –, com a ressalva importante de que o Padre Gustavo parece bem mais velho – algo em torno de 75 anos –, com os cabelos bem mais grilhasalhos – completamente brancos, na verdade –, embora exale saúde, vigor e lucidez.)
(O texto de Gustavo Henrique:)
Amiúde, a resposta estará adiante, em uma solução inesperada. Por exemplo, imbricando-se as duas teses, que, num primeiro momento, parecem contraditórias, numa terceira, completamente diversa da natureza das duas que lhe originaram.
Nossa preclara mestra Eugênia faz uso, com frequência, da hipótese hegeliana da dialética – de que sínteses surgem de fusões entre pontos divergentes de opinião –, para elucidar questões aparentemente sem solução, como esta. E só existe um modo de se chegar a um consenso, ou, se não, à tal fusão dialética: por meio da “suportação” da tensão dos opostos, qual a cruz do Cristo, que representa o drama do conflito humano, da consciência dividida e suspensa, no dualismo de sua condição espiritual, inobstante encapsulada num veículo físico de existência.
É exatamente da fermentação de discussões, como esta, que novas iniciativas costumam espocar. Os amigos já devem também ter ouvido falar da técnica do “brainstorming”, muito utilizada pelo pessoal de publicidade, com o fito de fomentar ideias criativas. Se partimos, aprioristicamente, do pressuposto de que uma certa ideia é indevida, eliminamos uma série infinita de possibilidades que teriam oportunidade de germinar do caos oriundo daquilo que poderíamos denominar de: “desconstrução de nossas premissas de verdade”. Prejulgamentos são, como a própria estrutura etimológica da palavra revela: preconceitos. E, exatamente por serem apriorísticos, revelam-se, por inerência, errados, ainda quando, ocasionalmente, acertam na “sacada”, porque o acerto então terá sido eventual e não condicionado. O importante é o pensar corretamente, é o agir em função dos princípios certos de ponderação, lógica e bom senso.
[Edward Norton Lorenz (1917-2008), pai da famosa vertente avançada da matemática, conhecida como “Teoria do Caos”.]
Assim, os amigos devem preservar suas mentes abertas, porque as alternativas não são apenas “sim” ou “não”, nem mais uma ou menos uma coisa e outra ao mesmo tempo, nem nenhuma das duas também. Não estamos tratando com o código binário. O universo dos seres vivos é o campo da complexidade, do caos, como afirmam os teóricos matemáticos. Mais que isso, os organismos, ainda mais os dotados de psiquismo intrincado, como o nosso, dispõem de meios de abstração e de subjetividade no tecido da percepção e do sentimento, da especulação e do julgamento, que jamais caberão em esquemas estreitos, pré-fabricados, de “verdade”.
Cabe lembrar, ainda, que, da mesma forma como, num processo evolucional, ocorre o fenômeno do surgimento da “propriedade emergente” (*), quando passamos a outro parâmetro de consciência, pelo esgotamento do nível prévio de percepção e avaliação, todo um panorama de possibilidades novas surgem.
De pronto, posso sugerir à querida amiga, que nos provocou a questão, o encaminhamento, por e-mail, de uma que outra mensagem de nosso sítio eletrônico na internet, que lhe soe mais palatável ou nutriente para este ou aquele amigo, este ou aquele componente de sua parentela biológica, fazendo uso do sistema de envio da postagem escolhida, que jaz ao fim de cada página eletrônica de nosso site.
Mas não estou fechando a discussão. Apresentei, tão-só, uma iniciativa simples, ao alcance imediato de nossas mãos, para contornar a limitação psicológica encontradiça naqueles que sabemos se beneficiariam com os artigos disponíveis em nosso sítio na internet, para não nos quedarmos nas elucubrações vazias, cheias de boas intenções, mas carentes da prática solidária que efetivamente auxilia e soluciona, em vez de restringirmo-nos a apresentar falhas no nosso ou no sistema alheio de geração de bênçãos.
Jesus nos abençoe a todos,
Padre Gustavo.
(*) Pensando na maior inteligibilidade do texto, nosso revisor, o querido Delano, achou que deveríamos explicar este conceito – e, de fato, quando fomos reler o texto, demo-nos conta de que foi ele citado sem maiores explicações. Anuí, então, com o amigo. Temos uma “propriedade emergente” quando, por exemplo, passamos do nível microscópico subatômico para a dimensão macroscópica da matéria, saindo, destarte, do universo de leis da física quântica e adentrando o império das leis da física clássica ou newtoniana. Há funções, características e, por assim dizer, toda uma dimensão nova de realidade – mais ampla e complexa – que “emergem”, quando se atinge um patamar mais alto de complexidade na organização dos seres e dos sistemas. Veja, numa atrevida analogia, o que se dá na passagem da adolescência para a fase adulta: quantas vertentes cognitivas, quantas faces psicológicas, além do mero amadurecimento biológico, surgem para a criatura humana!… Podemos todas denominar como “propriedades emergentes”, ou seja: que espocaram, espontaneamente, por decorrência da introdução em outro estágio de desenvolvimento do indivíduo. O mesmo se verifica em sistemas de força, como também em comunidades (sim, funciona igualmente para coletividades). A metáfora da rede de neurônios que faz brotar para o mundo um “cérebro pensante”, assim como a ideia, em matematica avançada, de que o todo é maior que a soma das partes, igualmente remete-nos, ainda mais precisamente, ao significado de “propriedade emergente”.
(Nota do Médium)
(Texto psicografado em 6 de agosto de 2009. Revisão de Delano Mothé.)
Convite:
Incorporação do Espírito Gustavo Henrique, no Dia dos Pais.
A voz pausada e grave do padre católico desencarnado impressionou a muitos que compareceram à conferência realizada na sede do Salto Quântico, na quarta-feira passada. “A voz é minha, mas alterada pela influência do Espírito Amigo que se apresenta como Gustavo Henrique” – esclareceu Benjamin. Bem-humorado, mas circunspecto, lembrando as melhores tradições sacerdotais, a entidade que se diz extremamente devota de Santa Bernadette Soubirous, Espírito que dirige o Instituto Salto Quântico com a alcunha “Eugênia”, brincou com inúmeros dos presentes na plateia, e, ao fim, esclareceu questões íntimas de uma das circunstantes, com detalhes impressionantes que o médium não tinha como conhecer de antemão.
Disse um destes felizardos que acompanharam a experiência memorável:
“É sempre uma prova magnífica da imortalidade da alma. O Espírito do Padre Gustavo falou para uma das senhoras no ambiente: ‘Olá, amiga. Não se preocupe com esta dor imensa no calcanhar esquerdo com que acordou hoje de manhã’, entre outras informações superprecisas. E ainda perguntou à destinatária da mensagem: ‘Benjamin tinha como saber que você acordou com esta dor hoje pela manhã?’, ao que a beneficiária respondeu enfaticamente: ‘Não, de modo algum’.”
Esclareceu ainda Benjamin, sobre este curioso fenômeno: “São mimos da Espiritualidade, para que nosso cepticismo não atrapalhe. Nada disso seria necessário, em minha opinião. As Bondosas Entidades que se manifestam por mim apresentam um nível intelecto-moral muito superior ao meu.”
Neste domingo, 9 de agosto, às 20h, no auditório da Sociedade Semear. Lembre-se de que os passes começam a ser ministrados às 19h15. Cortesia garantida para quem estiver na primeira visita e para estudantes que se declarem desempregados.
Mais informações, pelo telefone: 3041-4405, ou pelo e-mail: perguntas@saltoquantico.com.br.
Equipe Salto Quântico.
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