Uma filosofia de vida que endosse a cordialidade excessiva pode indicar conivência com o mal.
Indubitavelmente, deve-se viver o espírito de cortesia e fraternidade, quanto seja possível no tecido das relações interpessoais. Entrementes, que a polidez não se converta jamais em estímulo ao abuso de qualquer ordem.
Quando o princípio da responsabilidade para com os próprios deveres e do seguimento da própria consciência conclama à ação justa e devida em favor do bem, omitir-se é criminoso.
A passividade de conveniência social é parceira do crime. Quem se preocupa exacerbadamente com a imagem do “bom moço” ou “boa moça” far-se-á, inexoravelmente, cúmplice do mal que aconteça consigo e em torno de si, porquanto a atitude dócil demais atrai, inevitavelmente, movimentos abusivos de pessoas com caráter defeituoso, desde ególatras arrogantes a psicopatas e perversos(as) de todos os matizes.
Lembremo-nos de que Nosso Mestre e Senhor Jesus asseverou que não viera trazer a paz, mas a espada. E, assim, procuremos nos situar, intimamente e na conduta que adotemos, em um ponto de equilíbrio entre a amabilidade cortês e a solidariedade enérgica, em defesa de ideais, entes queridos ou causas que tenhamos esposado como representantes de nosso propósito existencial.
Eugênia-Aspásia (Espírito)
Benjamin Teixeira de Aguiar (médium)
4 de novembro de 2019